Mal terminou a eleição e a disputa para ocupação da presidência da Assembleia Legislativa nos próximos dois anos já começa a ser esboçada entre o atual presidente da Casa, Marcelo Nilo (PDT), deputado mais bem votado nas urnas, com 134 mil votos, e que dá entender que pode pleitear um inédito terceiro mandato na Casa, e Ronaldo Carletto, terceiro mais bem votado, com 101 mil votos, e representante do PP, segunda força partidária na próxima administração do governo Jaques Wagner (PT).

Nilo, que teve apoio do governador para a reeleição em 2009, desbancando a pretensão do PP, com o nome do deputado Roberto Muniz – suplente do senador eleito, Walter Pinheiro (PT) -, além do mérito das urnas, conquistou a gratidão e a amizade de Wagner quando migrou do PSDB para o PDT para apoiá-lo.

Nilo afirma que três “vontades” podem fazê-lo concorrer à presidência: a do povo (atestada nas urnas), sua e de seus pares. “Vou avaliar essa semana. Em março, fui convidado pelo governador a ser candidato ao Senado. Eu não quis, prefiro fazer política estadual”, afirmou.

Representação – Por outro lado, o PP do deputado reeleito Ronaldo Carletto,  que integra o coletivo partidário de apoio do governo há mais de um ano, agregou bases eleitorais no interior  com a entrada do vice-governador eleito na chapa de Wagner, Otto Alencar . Ronaldo Carletto tem dito que “ninguém é candidato de si mesmo”, colocando seu nome à disposição para a avaliação do partido e legendas da Casa – confirmou seu chefe de gabinete, Vivaldo Góes.

O PP elegeu seis parlamentares estaduais, segunda maior bancada situacionista depois do PT, e tem em seu quadro nomes, como o do deputado federal reeleito João Leão, ex-secretário de governo de Wagner. Leão e Mário Negromonte foram, respectivamente, o quarto e o sexto mais votados para Câmara. O filho de Negromonte, Mário Jr, foi o segundo mais votado para a Assembleia. A eleição para a presidência da AL acontece no dia 1º de fevereiro.

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