A Aliança de Batistas do Brasil (ABB) repudia, em manifestação pública, a estratégia político-religiosa de “demonização do Partido dos Trabalhadores (PT)”, recomenda a avaliação criteriosa do que é divulgado na mídia e incentiva congregações batistas a promoverem debates, “mesmo que resultem em divergências de pensamento entre os participantes”.
O pronunciamento, assinado pela presidente da AAB, pastora Odja Barros Santos, assinala que batistas têm compromisso histórico com a liberdade de consciência em matéria de religião, política e cidadania.
“Consideramos vergonhoso que pastores e igrejas batistas históricas e tradicionalmente anticatólicos, além de serem caracterizados por práticas proselitistas frente a irmãos e irmãs de outras tradições religiosas do nosso país, professem no presente momento participação em coalizões religiosas de composição profundamente suspeita do ponto de vista moral, cujos fins dizem respeito ao destino político do Brasil”, lamenta a pastora.
O texto qualifica as coalizões “antipetistas” de “pouco evangélicas” e contradiz o discurso que atribui ao PT a emergente “legalização da iniqüidade”.
É estranho, diz o documento, que discursos como apareçam agora, “30 anos depois de posicionamentos silenciosos e marcados por uma profunda e vergonhosa omissão diante da opressão e da violência a liberdades civis, sobretudo durante a ditadura militar (1964-1985)”.
Os que vinculam o PT ao surgimento do “império da iniqüidade” esquecem o papel fundamental do partido em projetos que “trouxeram mais justiça para a nação brasileira”. Não há como negar, afirma o documento, que “o atual governo do PT na presidência da República tem favorecido a garantia dos direitos humanos da população brasileira, o que, com certeza, não aconteceria num ‘império de iniquidade’”.
A pastora líder da ABB lamenta a participação de líderes e igrejas cristãs em tais discursos e atitudes, “que lembram muito a preparação das fogueiras da inquisição”.

ALC/Notícias Cristãs

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