Bahia Notícias

O candidato ao Senado da chapa “A Bahia tem Pressa” Edvaldo Brito (PTB) ofereceu na tarde desta segunda-feira (27) um almoço de confraternização à imprensa e colaboradores da sua campanha, em que o assunto em pauta, obviamente, foi política. Sobre as pesquisas de intenção de votos, que o colocam abaixo de pelo menos quatro oponentes, o tributarista voltou a afirmar que as consultas não deveriam ser permitidas, por induzir a opção do eleitorado e não retratarem a realidade.

“As ruas não têm me dito isso. A eleição vai para o desempate, até porque é um pleito duplo. Não tolero pesquisa. É uma técnica exorbitante. Veja só, são 11 candidatos. Só é fazer a conta com base nas metodologias aplicadas que você vai ver que não vai chegar a número algum”, condenou. Ele parafraseou o discurso da presidenciável Marina Silva (PV) que, no último debate, afirmou que “se perdesse o pleito já estaria ganhando”, para assinalar que sua corrida ao Congresso já é vitoriosa. “Eu posso perder a eleição, mas posso dizer que já ganhei, que já valeu à pena. De qualquer maneira, na Bahia não se deve falar em perder, pois dizem que tem um anjo da boca torta que diz amém”, brincou.

Apoio de Dilma à Wagner é desrespeito aos baianos

O postulante ao Senado evitou falar da polêmica recente entre o candidato ao Governo da Bahia da sua chapa, Geddel Vieira Lima e o prefeito de Salvador João Henrique, ambos peemedebistas, que estão afastados politicamente. Edvaldo Brito, que é vice-prefeito da cidade, argumentou que está distante temporariamente das questões municipais, devido à campanha, e não tem conhecimento do imbróglio.

“Não sei. Não participei nem sou testemunha de nada”, disse. O petebista criticou, entretanto, a declaração da presidenciável Dilma Rousseff (PT), de que o seu apoio prioritário é para a reeleição de Jaques Wagner, já que a candidatura do PMDB “não havia emplacado”. “É um engano dizer que a eleição está decidida. No mínimo, é um desrespeito ao eleitor baiano. O povo é inteligente e não suporta ser achacado. Ninguém pode dizer que a eleição pode ser ganha por A, B ou C”, opinou. Em seu entendimento, poderá haver surpresas tanto no pleito nacional quanto no estadual, com realização de segundo turno em ambas instâncias.

A favor do Ficha Limpa

O candidato ao Senado Edvaldo Brito (PTB) revelou no almoço que seu nome foi indicado pelo presidente Lula, em 2003, para integrar o Supremo Tribunal Federal, que hoje vive um dilema para aprovar ou não a Lei da Ficha Limpa. De acordo com ele, cinco ministros votaram de forma técnica e outros cinco “agiram pelo clamor de milhões de brasileiros”. Apesar disso, ele admite que, embora entenda o critério de permitir a candidatura de políticos de “ficha suja”, pela inconstitucionalidade da retroação da medida, seguiria o pedido da sociedade.

“A legitimidade seria em função do clamor popular”, definiu. Como jurista, ele entende que o STF age ora pela política ora pela técnica, mas defende que a regra do critério de desempate seja utilizada. “A regra existe, que é convocar um ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça). O que assusta é que não tenha sido aplicada. Só não pode ser essa opressão de o presidente da República indicar”, protestou. Não obstante esteja com o PMDB na Bahia, em nível nacional, o PTB de Brito apoia a candidatura de José Serra (PSDB).

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