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O Tribunal de Justiça da Bahia agendou para o dia 20 de outubro às 8h o julgamento dos oito réus envolvidos na explosão da fábrica de fogos de artifício de Santo Antônio de Jesus. A explosão aconteceu em 11 de dezembro de 1998 e resultou na morte de 64 pessoas.  Outras cinco ficaram gravemente feridas e ainda vivem com sequelas.

Adriana Froes Bastos de Cerqueira, Ana Claudia Almeida Reis Bastos, Berenice Prazeres Bastos da Silva, Elisio de Santana Brito, Helenice Froes Bastos Lirio, Mario Froes Prazeres Bastos, Osvaldo Prazeres Bastos e Raimundo da Conceição Alves serão levados a júri popular em sessão no Fórum Ruy Barbosa, em Salvador.

Segundo o juiz Moacyr Pitta Lima Filho, a decisão de trazer o julgamento para capital foi uma tentativa de manter a imparcialiadade do júri. Os oito réus, todos de uma mesma família, eram donos da fábrica clandestina e foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio doloso e lesão corporal.

O caso levou o Brasil a ser réu na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) por conta da ausência de fiscalização e da impunidade do caso. Em 2006, em audiência em Washington, o Estado brasileiro assumiu a responsabilidade pela explosão.

A explosão expôs a situação de Santo Antônio de Jesus, onde a fabricação e comercialização de fogos de artifício, muitas vezes irregularmente, era uma das principais fontes de renda. Até crianças trabalhavam em fábricas.

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