Reportagem da revista Veja desta semana aponta que, além das denúncias de lobby na Casa Civil feitas anteriormente, havia também um esquema de cobrança de propina dentro do ministério, na época em que a pasta esteve sob comando da hoje presidenciável petista Dilma Rousseff. A revista traz o relato sobre o dia em que o advogado Vinicius de Oliveira Castro, exonerado na semana passada, teria encontrado R$ 200 mil em sua mesa.

 O dinheiro, diz a revista, seria referente à suposta propina cobrada no acerto do contrato emergencial para aquisição do Tamiflu, firmado no meio do ano passado. O medicamento é usado no tratamento da gripe suína. O caso teria sido relatado à revista por um amigo de Castro que trabalha no governo e por seu tio, Marco Antonio Oliveira, então diretor de Operações dos Correios. Os depoimentos, diz a reportagem, foram gravados.

“Caraca! Que dinheiro é esse?”, teria dito Castro, que de acordo com o texto ouviu a resposta de um colega mais experiente: “É o PP do Tamiflu” – PP é a sigla usada para pagamentos oficiais, que no linguajar das repartições adquiriu o significado de propina. Vinicius de Oliveira Castro é sócio do filho da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, apontado pela revista na semana passada como pivô de um esquema de tráfico de influência dentro do governo. O governo, diz a revista, nega qualquer ingerência na aquisição do medicamento.

Outra reportagem da revista diz que o tráfico de influência comandado dentro do governo não seria restrito ao filho de Erenice Guerra. O marido da ex-ministra,  o engenheiro elétrico José Roberto Camargo Campos, também teria praticado lobby em um negócio na área de telecomunicações. Do Último Segundo

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