Juscelino Souza | Sucursal do A Tarde em Vitória da Conquista

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão ligado ao Ministério da Defesa, informou nesta quinta-feira, 9, que as investigações sobre o acidente aéreo envolvendo o jato Embraer RJ 145 Bireator, no aeroporto Pedro Otacílio Figueiredo, em Vitória da Conquista, a 509 km de Salvador, pode durar até 18 meses até que seja divulgado o relatório final sobre as causas.

Após perder o trem de pouso, a aeronave da Passaredo Linhas Aéreas fez uma aterrissagem forçada na tarde do dia 25 de agosto, com 27 pessoas a bordo, incluindo 3 tripulantes. Apesar do susto e do fogo em uma das turbinas, somente dois passageiros se queixaram de dores lombares, sendo atendidos e liberados em seguida. De acordo com o Cenipa, as investigações estão em andamento e são concluídas com a confecção de um relatório.

A assessoria do órgão informou que o relatório é um documento destinado a divulgar a conclusão oficial e as “recomendações de segurança operacional” relativas ao acidente. A investigação realizada pelo Cenipa, segundo o Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer), não trabalha com prazos durante sua realização. Os trabalhos estão sob o comando do tenente-coronel da Aeronáutica, Luís Cláudio Lupoli.

Uma das causas mais prováveis para o ocorrido, e que não foi descartada pelos técnicos, é uma possível programação de pouso antecipada, com abertura do trem de aterrissagem antes do previsto. De acordo com uma fonte militar que esteve no local minutos depois do acidente, o mecanismo que sustenta as rodas do jato colidiu com o muro de contenção na cabeceira, fazendo com que a aeronave perdesse parte da fuselagem logo no início da pista.

Em seguida as duas rodas do trem de pouso esquerdo se soltaram e, 30 metros adiante, as da direita, deixando o jato descontrolado. A aeronave, oriunda de Guarulhos com destino a Conquista, deslizou na pista, rodopiou à esquerda e só interrompeu a trajetória a pouco mais de 300 metros, numa área de mato próximo a residências.

A assessoria de comunicação da Passaredo informou que a empresa aguarda a conclusão das investigações para se manifestar e que, paralelo aos trabalhos dos peritos, “também investiga as causas da ocorrência constatada durante o pouso.

Compartilhe