Juiz e promotor estadual fiscalizam bancos em Jequié

O Sindicato dos Bancários de Jequié está na luta para que a Lei das Filas (Nº 1493), instituída no município desde 1999 seja efetivamente cumprida. Na última quinta-feira (2), após uma ação do sindicato, quatro agências da cidade foram vistoriadas pelo juiz da 1a Vara Cível de Jequié, Paulo Henrique, representante do Ministério Público, Maurício Cavalcanti e oficiais de Justiça que constataram o desrespeito aos clientes naquele município.

 O Diretor do Sindicato, Celso Argolo, explica que a ação é resultado de uma provocação feita pelo sindicato ao Ministério Público desde 2007. “O MP esteve reunido com os bancos e a prefeitura para formalizar o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), mas todos os bancos se recusaram. Diante do fato, o MP entrou com ação cível contra o Bradesco, Itaú, Banco do Brasil e Banco do Nordeste. Apenas a Caixa ficou de fora, pois está sendo acionada através do Ministério Público Federal”, disse Argolo.

Após a vistoria, o representante do judiciário, Paulo Henrique, sinalizou que nos próximos dias será realizada uma audiência pública para dar continuidade ao caso. Na ocasião, bancos, prefeitura municipal e clientes serão ouvidos. “Os bancos sabiam da vistoria e montaram um esquema especial para atendimento, mas os próprios clientes denunciaram que a situação não é costumeira. Ouvimos relatos de falta do equipamento de senha, ausência de bebedouros e de sanitários”, denuncia Argolo.

“Queremos a blitz nos bancos de Conquista”, alerta sindicato

Em Vitória da Conquista o desrespeito à população também é recorrente. Em média, a clientela da cidade chega a esperar duas horas nas filas. O assunto foi denunciado por órgãos de imprensa e chegou a ser discutido pela Câmara de Vereadores.  O Sindicato dos Bancários tem insistido que o Procon e a Comissão de Defesa do Consumidor organizem imediatamente um processo de blitz nas agências da cidade. “Estamos nessa luta há mais de 10 anos, ininterruptamente, em ações pontuais e nas nossas campanhas salariais. Agora, conclamamos o legislativo municipal e o PROCON a tomarem uma atitude em defesa da população”, destaca o presidente do sindicato, Delson Coêlho.