Alessandra Saraiva, da Agência Estado  

RIO – Nos últimos 14 anos, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita do Brasil cresceu 21,7%, e saltou de R$ 4.441,00 (1995) para R$ 5.405,00 em 2009. É o que mostrou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em sua pesquisa “Indicadores de Desenvolvimento Sustentável”, referente ao ano de 2010.

Ainda segundo o instituto, as maiores taxas anuais de crescimento do PIB per capita foram apuradas nos anos finais da série, com exceção de 2009, quando os efeitos da crise internacional afetaram o desempenho da economia brasileira. O instituto revela que, em 2009, influenciado pela crise global, o PIB per capita do País caiu 1,17% ante 2008, quando registrava R$ 5.469,00.

 

Dados de 2007 disponibilizados pelo IBGE na publicação mostram que a região com o maior PIB per capita do País é a Sudeste (R$ 19.277,00), seguida por região Centro-Oeste (R$ 17.844,00); região Sul (R$ 16.564,00); região Norte (R$ 9.135,00); e região Nordeste (R$ 6.749,00).

Entre as unidades federativas do Brasil, o destaque positivo ficou com o Distrito Federal, o maior PIB per capita do País (R$ 40.696,00), quase o dobro do Estado de São Paulo (R$ 22.667,00), que obteve o segundo lugar. O Rio de Janeiro ocupa a terceira posição (R$ 19.245,00), seguido por Espírito Santo (R$ 18.003,00) e Santa Catarina (R$ 17.834,00).

Já entre os destaques negativos, os piores resultados ficaram concentrados na região Nordeste. O Estado com o menor PIB per capita do País foi o Piauí (R$ 4.662,00); seguido por Maranhão (R$ 5.165,00); Alagoas (R$ 5.858,00); Paraíba (R$ 6.097,00); e Ceará (R$ 6.149,00).

Energia

O consumo final de energia per capita mostrou um crescimento de 32,69% de 1992 a 2009, passando de 36,4 gigajoules (GJ) por habitante em 1992 para 48,3 GJ por habitante no ano passado. Porém, em 2009, o ano em que a economia foi mais afetada pela crise, o consumo final de energia sofreu uma pequena queda, de 3,4% contra 2008, quando mostrou consumo de 50,0 GJ por habitante.

Na análise do IBGE, o consumo final de energia no Brasil, em valores absolutos, é crescente ao longo do tempo. Mas no período de 1997 a 2002 o consumo per capita se estabiliza, oscilando ao redor de 45 GJ por habitante devido ao baixo crescimento da  oferta interna de energia, de acordo com o instituto.

Ainda segundo o instituto, a partir de 2002, houve uma retomada no crescimento do consumo de energia per capita, devido ao aumento de investimentos em geração de energia, especialmente térmica a gás. A partir de 2006, houve uma aceleração no crescimento do consumo de energia, na avaliação do IBGE.

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