Alana Fraga l A TARDE

Xando Pereira/Agência A TARDE

Duplicação da BA-093  só deve ser concluída em 2013

Duplicação da BA-093 só deve ser concluída em 2013

Começa nesta quarta-feira, 18, a primeira etapa das obras de recuperação do sistema de rodovias da BA-093, que interliga oito municípios da Região Metropolitana de Salvador (RMS), conforme contrato de concessão assinado nesta terça, 17, entre o governo do Estado e a Concessionária Bahia Norte, formada pelas empresas Invepar e Odebrecht. Durante os 25 anos de concessão, serão investidos R$ 1,7 bilhão na restauração e duplicação de rodovias. Já a tarifa de pedágio será cobrada a partir de março do ano que vem.

Nos próximos seis meses, os trechos da BA-526, na Rótula do Aeroporto, a BA-535, no início da Via Parafuso, e a BA-093, nos trechos próximo ao entroncamento com a BR-324, e nos acessos aos municípios de Dias D’Ávila, Mata de São João e Pojuca receberão as obras emergenciais com serviços de tapa-buracos, substituição e complementação de placas de sinalização, limpeza do sistema de drenagem, dos acostamentos e da faixa de domínio e implantação de sistema de comunicação e de operação.

A partir de março do próximo ano, com o fim desta etapa, os motoristas que trafegam pelas rodovias passam a pagar a tarifa do pedágio, que a princípio está estipulada em R$ 2,32, podendo sofrer reajuste até lá, baseado no IPCA.

A cobrança vai coincidir com o início das obras de duplicação, que devem terminar, segundo o contrato, ao fim do terceiro ano de concessão (2013). Serão duplicados os 53 km das estradas da CIA  Aeroporto, Via Parafuso e do trecho Simões Filho/Camaçari da BA-093.

Também a partir de março os usuários contarão com serviços de guincho, socorro médico, inspeção viária e bases de apoio operacional. O sistema contará com cinco praças de pedágios. Duas serão localizadas na BA-093, em Mata de São João e Simões Filho; uma na BA-524, também no município de Simões Filho, outra na BA-535 (Via Parafuso) e outra na BA-526.

A notícia da cobrança de pedágio antes mesmo da duplicação das vias não agradou os usuários. Matias Gomes, 55, trabalha com a prestação de serviço de transportes e diz que sofre prejuízos com os engarrafamentos nos horários de pico das estradas. “Com a duplicação, iria ajudar bastante. Só não concordo em pagar (o pedágio) antes de ter o benefício. O pedágio vale a pena se tivermos uma pista boa”, afirma.

O secretário de infraestrutura da Bahia, Wilson Brito, salienta que as rodovias do sistema estão em uma área territorial que representa 60% do PIB baiano. Já Damião Neto, presidente da Bahia Norte, afirmou  “que as obras permitirão o melhor escoamento da produção, reduzindo o custo logístico das empresas e gerando quase cinco mil empregos”.

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