Os cerca de 200 policiais que, após violência, invadiram o salão verde da Câmara nesta terça-feira (17) prometem passar a noite acampados no local. Eles querem a votação e a aprovação de duas propostas de emenda à Constituição. A PEC 300 cria o piso nacional dos policiais civis e militares e bombeiros no país. A PEC 308 transforma os agentes prisionais em “policiais penais”.

De acordo com o presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Polícia Civil, Jânio Gandra, eles vão ficar acampados no local até as PECs serem votadas.  Ele culpou os líderes do governo e da oposição pelo tumulto.

“Estamos ocupando pacificamente. Amanhã, está marcada uma sessão às 14h, mas sabemos que não vai dar quorum. Estão brincando com dinheiro público”, afirmou Gandra.

O presidente da entidade demonstrou desconfiança nos atuais deputados. E afirmou que não se importará se, em represália à invasão, os parlamentares rejeitarem as PECs ou deixarem-nas na gaveta. “Nós não fazemos questão que esses parlamentares votem”, deu de ombros Gandra. “Podem rejeitar, podem deixar de votar, que será mais um desserviço dessa Casa.”

Desconhecimento

Gandra disse que os policiais invadiram com o objetivo de entrarem na galeria do plenário. Entretanto, a sessão já havia terminado quando os manifestantes invadiram o local. “Mas a gente não sabia”, garantiu Gandra.

O presidente da entidade chegou a dizer que não houve violência. “Eles bateram. Vocês não viram”, disse Gandra. Questionado sobre o empurra-empura, ele justificou: “Claro, a gente queria entrar e eles não deixaram”.

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