A liberdade do proprietário do site Pura Política João Andrade Neto foi adiada pelo juiz Edmundo Lúcio da Cruz, da 9ª Vara Crime. A prisão temporária dele, que vencia hoje, foi prorrogada pelo juiz por mais cinco dias, se estendendo até sexta-feira (20).

Preso na sede da Polinter, última quarta-feira, acusado de extorquir empresários em troca da não publicação de notícias negativas. Andrade Neto foi orientado por seus advogados a não dar declarações à imprensa. A delegada Gabriela Macedo, do Centro de Operações Especiais da Polícia Civil, responsável pelo inquérito, informou que amanhã pela manhã deve ouvir os empresários Carlos Suarez e João Carlos Cavalcanti, que são vítimas das extorsões.

“Aguardo apenas confirmação por parte dos advogados deles. Os depoimentos deles devem ajudar a entender a forma de atuação do Andrade Neto”, disse a delegada que há dois meses vinha investigando o dono do site.

A denúncia contra Andrade Neto chegou à polícia através de um empresário do ramo da educação que disse estar sendo extorquido por ele no valor de R$ 30 mil em troca da não publicação de reportagens. Os documentos apreendidos pela polícia, nas duas salas empresariais pertencentes a Andrade Neto, ainda são analisados pelo setor de inteligência da Secretaria de Segurança.

Ontem, o site Pura Política, que vinha postando notícias diárias sobre a prisão, esteve em manutenção. A delegada informou que não tinha solicitado à Justiça que o portal saísse do ar. Do Correio

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