Tribuna da Bahia/Evandro Matos

Em meio à crise entre tucanos e democratas baianos, o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, chega a Salvador amanhã para apresentar a proposta que prevê a criação do Ministério da Segurança. O evento acontece à tarde, no restaurante do Senac, Pelourinho.

Na oportunidade, Serra vai anunciar para todo o Brasil o seu projeto para a área de segurança, como vai funcionar e a expectativa de seus resultados. O candidato ao governo baiano, Paulo Souto (DEM), e os outros integrantes da chapa, Nilo Coelho (vice) e José Ronaldo e José Carlos Aleluia (Senado), também estarão presentes.

Esta é a sexta visita de Serra ao estado somente neste ano. Buscando melhorar a sua posição na região Nordeste, onde tem a Bahia como o seu maior colégio eleitoral, o tucano já visitou Salvador em duas oportunidades, Alagoinhas/Feira de Santana, Ilhéus/Itabuna e Bom Jesus da Lapa, na semana passada. Agora, pela terceira vez em Salvador, Serra lança a proposta de criação do novo ministério, que tem como foco principal combater o tráfico de armamentos e produtos (drogas) nas fronteiras internacionais.  

Segundo o presidente estadual do PSDB e um dos coordenadores da campanha de José Serra na Bahia, Antônio Imbassahy, a visita já está definida e contará com a participação das direções do DEM, PSDB e PPS locais, além de deputados, vereadores e lideranças, principalmente de Salvador e Região Metropolitana.

“Como o restaurante não vai funcionar, nós reservamos 200 lugares para as pessoas, inclusive a imprensa, onde Serra vai anunciar o seu Plano de Segurança para todo o Brasil”, disse Imbassahy.

Tucano alfineta Dilma no JN

O candidato José Serra aproveitou entrevista no “Jornal Nacional”, da Rede Globo, para alfinetar a adversária petista Dilma Rousseff ao dizer que o presidente não pode governar na garupa. Segundo ele, Lula não é mais candidato.

“As pessoas estão preocupadas com o futuro. Quem tem mais condições de tocar o Brasil para frente”, disse o tucano, na noite de ontem na entrevista com pouco mais de 12 minutos na bancada do jornal.

Questionado por Willian Bonner sobre a aliança com o PTB, partido envolvido no mensalão, Serra afirmou que os partidos são heterogêneos. Ele lembrou que o partido em São Paulo sempre esteve com o PSDB.

“Os personagens principais do mensalão nem foram do PTB, mas do PT’, disse. O candidato também não quis dar uma avaliação sobre o ex-deputado Roberto Jefferson, que denunciou o mensalão. “O Roberto Jefferson, presidente do PTB, não é candidato. Eu não fico julgando e não tenho compromisso com nenhum erro.”

Serra disse que o seu vice, deputado Indio da Costa (DEM), não foi escolhido no último minuto e que ele já figurava na lista dos cotados. Ele também negou que o deputado é inexperiente. “Sua experiência na vida pública foi marcada pela Ficha Limpa.”

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