Janine Andrade/Acheibrumado

No último dia 27 de Julho, em sessão de julgamento na Comarca de Paripiranga, um fato inusitado aconteceu. Durante o seu depoimento, Vanaldo Batista dos Reis, desempenhado para testemunhar em juízo, ficou nervoso diante da platéia. Por esse motivo, não conseguiu lembrar-se integralmente de todo o conteúdo do seu anterior depoimento dito ao Delegado de Polícia ainda no ano de 2005.

Por sua vez, o advogado de defesa, pediu ao juiz presidente do julgamento, Marcelo Luiz Santos Freitas, que fizesse a comparação do depoimento prestado pela testemunha não só na Delegacia de Polícia em 2005 e também em Juízo em 2006, quando da instrução processual. Vanaldo, não conseguiu assimilar as perguntas do juiz, chegando ao ponto de ficar desesperado, não falando com o nexo necessário.

Devido a esse fato, o juiz Marcelo Luiz Santos Freitas, simplesmente decretou a prisão da testemunha durante a sua tentativa de prestar depoimento, submetendo-o a um profundo constrangimento sem precedentes na História dos julgamentos do Tribunal de Júri de Paripiranga. O juiz requisitou a força policial como se a testemunha fosse um criminoso e determinou que ficasse preso na Delegacia de Polícia juntamente com 20 bandidos.

Devido a essa atitude do Juiz, o Promotor de Justiça de Piripiranga, Gildásio Rizério de Amorim, solicitou através do Ministério Público um habeas corpus em favor da testemunha, Vanaldo Batista dos Reis.

Segundo o promotor brumadense a prisão do Paciente é ilegal, absurda e, principalmente, arbitrária. O cidadão totalmente despreparado, sendo a sua primeira e última vez que se encontrava no plenário de um Salão de Júri prestando depoimento, ficou bastante nervoso, não conseguindo assimilar a pressão vinda não só do advogado de defesa, Renivaldo Pimentel Lima e também do juiz, Marcelo Luiz Santos Freitas levando-o ao desespero.

Com isso, o promotor acha-se demonstrada a ausência de justa causa para que Vanaldo fosse preso e ainda permaneça na Cadeia Pública, e, que, ilegalmente, ainda permanece recolhido sob ordem e determinação do Juiz Substituto de Paripiranga, ora Autoridade Coatora “Profundamente lamentável a prisão decretada pelo magistrado de Paripiranga. A repercussão da prisão foi imensa em todo o município de Paripiranga” Afirma o promotor.

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