A TARDE On Line

Terminou, por volta das 17h desta segunda-feira, 26, o depoimento de Cristiane Marques, sócia da construtora ML Marques Lima Construções Ltda., responsável pela construção do edifício Guaratinga, que desabou no último dia 17 de julho, no bairro de Pernambués, em Salvador. Cristiane está sendo ouvida pelo delegado titular da 11ª CP (Delegacia de Tancredo Neves), Adailton de Souza Adan.

Além da sócia da construtora, também foi ouvido nesta segunda-feira o falso engenheiro Luis Carlos Dias, de 55 anos, que foi preso no último dia 21 de julho e encontra-se detido na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos. Com Luis Carlos, foi encontrada uma planta de um imóvel de quatro andares, que seria do Edifício Guaratinga.

Representante da Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom) também deve ser chamado pela 11ª CP para dar explicações sobre o porquê de a obra ter sido permitida mesmo sem a liberação do alvará de construção.

Já prestaram depoimento sobre o desabamento do imóvel o responsável técnico pela obra, engenheiro civil Eduardo Wesley Lima de Aquino; o encarregado da obra, Everaldo Lima de Jesus, 33 anos, e seu irmão, o empresário Sílvio Lima de Jesus, 39, dono do edifício e proprietário da construtora.

O engenheiro civil afirmou, em depoimento à 11ª CP na última sexta-feira, 23, que ele não era o responsável pela obra, embora seja dele a assinatura do projeto inicial. Já o dono da construtora, Sílvio Lima, que falou pela primeira vez sobre o acidente com A Tarde, negou que a Sucom tenha feito qualquer questionamento sobre a estrutura da edificação durante a construção. De acordo com o empresário, a única restrição imposta pelo órgão municipal foi a exigência de correção, na escritura do terreno, do tamanho da área a ser ocupada pelo prédio.

Desabamento –
O desmoronamento aconteceu no sábado, 17, quando um edifício de sete pavimentos caiu sobre uma casa no bairro de Pernambués, matando três pessoas e deixando duas crianças feridas.

Nívea Maria Sampaio Souza, de 36 anos, mãe de Cecília Moura, 7, e André Moura, 8, resgatados dos escombros com vida; o estudante Caio Anunciação Moura, 20 anos, parente da mãe das crianças, e o vigilante Renildo Gomes Miranda, de 23 anos, morreram no desabamento.

Compartilhe