Débora Santos Do G1, em Brasília

Um ex-prefeito de Nossa Senhora dos Remédios, no interior do Piauí, foi detido neste domingo (18) e levado para o Fórum da cidade sob acusação de perturbar a eleição que vai definir o novo prefeito da cidade. Ao todo, seis municípios brasileiros vão às urnas neste domingo para eleições complementares.

O fórum informou ao G1 os contatos do advogado do ex-prefeito, mas ele ainda não respondeu às ligações. O delegado da Polícia Federal (PF) do Piauí, que comanda o reforço de segurança no município, Carlos Alberto Nascimento, infomou que o ex-prefeito foi preso em flagrante por agentes da PF e autuado por promover desordem, atrapalhar o andamento das eleições, danificar a relação de candidatos em local de votação e por calúnia.

A eleição suplementar foi convocada depois que o prefeito Raimundo Paulo Silva, eleito em 2008, foi cassado acusado de distribuir material de construção em troca de apoio do eleitorado.

Político detido
O político detido neste domingo no Piauí já foi prefeito de Nossa Senhora dos Remédios por duas vezes e apoia Pedro Pereira Veras (PTB). Pereira Veras entrou na disputa na última hora, depois da renúncia da chapa encabeçada por Valdir Filomeno da Rocha (PT).

Segundo informações da PF, o ex-prefeito vai permanecer preso e será “apresentado à autoridade judiciária local para que sejam tomadas as medidas cabíveis”.

O tenente Carmos, que coordena o trabalho da Polícia Militar local, afirmou que o ex-prefeito também teria desacatado os policiais. Mesmo com a prisão do político, segundo a polícia, as eleições acontecem em clima pacífico. “Está tudo tranquilo, apesar dessa prisão”, afirmou o tenente.

Eleições suplementares
Além de Nossa Senhora dos Remédios e Isaías Coelho, no Piauí, os eleitores de São Francisco do Maranhão (MA) vão escolher o novo prefeito entre os dois candidatos ao cargo: Francisco Ademar dos Santos (DEM), conhecido como Chico Pechó, e Valdivino Alves Nepomuceno (PDT).

A cidade vai ter pleito suplementar depois da cassação do prefeito eleito em 2008, Jônatas Alves de Almeida (PDT), condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA) por captação ilícita de sufrágio. Mais da metade dos votos totalizados, na época, foram considerados nulos por conta das irregularidades.

Em Riachão do Dantas, Sergipe, a realização do novo pleito para escolha do prefeito foi definida nos últimos momentos. Depois da cassação do antigo prefeito, Laelson Menezes (PTdoB), por abuso de poder político e econômico, em 2008, o TRE-SE marcou novas eleições.

O PDT local, no entanto, entrou com pedido no TSE e obteve a suspensão do pleito, alegando que não seriam contemplados eleitores cadastrados a tempo para a eleição suplementar. No último dia 13 de julho, o pleno do TRE do estado alterou a resolução que determinava a realização das novas eleições e limitou o universo de votantes aos eleitores cadastrados até 151 dias do pleito.

Em Araras, região centro-oeste de São Paulo, mais de 89 mil eleitores vão escolher o novo prefeito da cidade. Eleito em 2008, Pedro Eliseu Filho (DEM) foi cassado por abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação. Concorrem ao comando do município o petista Nelson Brambila e Pedro Eliseu Sobrinho (PSL).

No sul do Espírito Santo, os 6.400 eleitores do município de Apiacá vão escolher entre três candidatos: Umberto Alves de Souza (PRP/PPS/PTB), João Guizzi (PSDB) e Paulo de Tarso Figueiredo (PT).

O prefeito eleito em 2008, José Chierici foi cassado sob acusação de dar material de construção em troca de votos nas eleições de 2008. Vinte policiais federais foram convocados pela justiça eleitoral para ajudar a garantir a segurança durante a votação no município.

Compartilhe