Thiago Guimarães Do G1, em São Paulo

Marina Silva em plenária da UGT

Marina Silva em plenária da UGT
nesta quarta-feira (14) (Foto: Divulgação)

A presidenciável Marina Silva (PV) criticou nesta quarta-feira (14) o elogio feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à ex-ministra-chefe da Casa Civil e candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, durante evento de lançamento do edital do trem-bala. Nesta manhã, o presidente chegou a pedir desculpas pelo elogio, que desrespeita a legislação eleitoral.
“Acho que a atitude do presidente, inclusive por ser um homem que goza de alta credibilidade, de popularidade e ter muito carisma, não pode ser usada para extrapolar a legislação eleitoral”, disse Marina.

“O exemplo tem que vir do alto. Sou muito favorável à ideia de que quanto mais é amigo do rei, mais alta é a forca. Não é o fato de ser mais ou menos aceito pela população que nos dá o direito de extrapolar a legislação eleitoral”, afirmou.

Candidata sobe tom contra adversários
Marina participou nesta quarta-feira da plenária nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT), a terceira maior central sindical do país. Em discurso a cerca de 300 sindicalistas, elevou o tom das críticas contra os adversários José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), movimento que pode ser visto como tentativa de reverter sua estagnação nas pesquisas de intenção de voto. A candidata verde está na casa dos 10% desde o início do ano.

A senadora criticou o PSDB e o PT por não terem promovido grandes reformas estruturais no país em suas gestões no Planalto. “Esses partidos [PSDB e PT] tiveram oportunidade de 16 anos. Nos primeiros quatro anos cada um dizia que ia fazer [reformas]. Pediram outra chance de mais quatro anos. A sociedade brasileira é generosa. E pasmem, agora as pessoas estão pedindo mais uma chance para fazer o que não fizeram em oito anos”, disse Marina, que citando a “mágica de períodos eleitorais” em que “tudo que não fez fica fácil de fazer”.

Mas a candidata também fez elogios aos governos Lula e Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). “Vou dar o crédito ao Fernando Henrique Cardoso do Plano Real e ao presidente Lula, que mostrou que a história de crescer o bolo para depois distribuir não era verdadeira”, disse, para emendar em seguida que “a história não para aí”.

Repetindo tática empregada com frequência por Dilma, Marina recorreu ainda ao discurso de gênero para pedir votos. “O Brasil que elegeu um sociólogo, que elegeu um metalúrgico, pode continuar ousando e eleger a primeira mulher presidente da República.”

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