Valor/Tribuna

A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), utilizado para reajuste da maioria dos contratos de aluguel, teve desaceleração em junho na comparação com o mês anterior, conforme informou nesta terça-feira (29) a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O índice registrou variação de 0,85% em junho no fechamento do mês. Em maio, a variação havia sido de 1,19%. Contribuiu para a desaceleração o movimento dos preços no atacado, que subiram menos.
Em 12 meses, houve expansão do índice de 5,17%. No primeiro semestre, o acréscimo foi de 5,68%. 

Em junho, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que representa 60% do IGP-M, teve variação de 1,09%, contra 1,49% em maio. O índice relacionado aos bens finais apresentou variação negativa de 0,42%, em junho – a mesma taxa de maio.

O índice referente ao grupo Bens Intermediários variou 0,80%. Em maio, a taxa foi de 0,58%. O subgrupo materiais e componentes para a manufatura teve um ínidice positivo de variação, passando de 0,57% para 0,78% – sendo o principal responsável pela aceleração do grupo.

Quanto ao índice de matérias-primas brutas, a variação foi de 3,67%, em junho, contra 5,83% em maio. Minério de ferro (49,76% para 23,05%), cana-de-açúcar (0,95% para -3,42%) e leite in natura (6,04% para 1,66%) foram os principais responsáveis pelo resultado.

Na contramão, houve aumento de preços de (-15,21% para 7,05%), café (em grão) (-2,51% para 3,04%) e milho (em grão) (0,28% para 3,00%).

Preços ao consumidor

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve variação negativa de 0,18% em junho, contra positiva de 0,49% em maio. Cinco das sete classes de despesa que integram o índice tiveram recuos em suas taxas de variação.

O que ficou mais barato

O que mais contribuiu para a queda da taxa foi grupo alimentação, cujo índice foi de 0,56% para -1,36%. Nesse grupo, as maiores contribuições partiram de hortaliças e legumes (-1,95% para -8,21%), laticínios (2,74% para -0,86%), arroz e feijão (6,78% para 0,40%) e carnes bovinas (1,99% para -0,11%).

Os grupos habitação (0,60% para 0,40%), saúde e cuidados pessoais (0,80% para 0,46%), educação, leitura e recreação (0,24% para 0,10%) e transportes (-0,11% para -0,17%) também registraram desaceleração.

O que ficou mais caro

Em contrapartida, os grupos vestuário (0,81% para 0,93%) e despesas diversas (0,39% para 0,44%) apresentaram aceleração. Os destaques, nestes grupos, foram calçados (0,08% para 0,50%) e cigarro (0,00% para 1,73%).

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