do A Tarde
A seleção da Holanda confirmou o seu favoritismo e se classificou nesta segunda-feira às quartas de final da Copa do Mundo da África do Sul ao derrotar a Eslováquia por 2 a 1, em partida disputada no Estádio Moses Mabhida, na cidade de Durban. No triunfo, Arjen Robben, que abriu o placar, e Sneijder, que fez o segundo gol e participou da jogada do primeiro, foram decisivos para a classificação.
Nas quartas de final, a Holanda vai enfrentar o vencedor do confronto entre Brasil e Chile, que se enfrentam ainda nesta segunda-feira no Estádio Ellis Park, em Johannesburgo. Caso a seleção brasileira triunfe, haverá a repetição do duelo de 1994, quando a equipe sul-americana triunfou por 3 a 2 nesta mesma fase da Copa do Mundo. O próxima jogo da seleção holandesa acontecerá na sexta-feira, na cidade de Port Elizabeth.
A Holanda entrou em campo com Robben entre os titulares pela primeira vez na Copa do Mundo. O jogador da Inter de Milão só participou de parte da vitória por 2 a 1 sobre Camarões, mas a equipe se classificou com facilidade às oitavas de final, em primeiro lugar no Grupo E, com três triunfos, mesmo sem apresentar um futebol encantador. E a aposta da equipe no jogo desta segunda-feira era na velocidade, já que Robben entrou na vaga antes ocupada por Van der Vaart.
Responsável pela eliminação precoce da Itália, a Eslováquia voltou a entrar em campo como franco atiradora diante dos favoritos holandeses. Dessa vez, o técnico Vladimir Weiss decidiu escalar o meio-campista Weiss, que é o seu filho, diferentemente do que aconteceu no triunfo por 3 a 2 sobre a seleção italiana.
Com a vitória desta segunda-feira, a Holanda ampliou a sua invencibilidade para 23 jogos, com a sua última derrota tendo acontecido em setembro de 2008, em amistoso contra a Austrália. O resultado também confirmou a importância de Robben para a equipe. O jogador marcou gols em 12 partidas pela seleção holandesa, com 11 vitórias e um empate. Além disso, o triunfo encerrou um retrospecto negativo. Desde a Eurocopa de 2000, a Holanda não vencia uma partida de mata-mata no tempo regulamentar.
O JOGO – A partida começou movimentada e equilibrada. A Holanda concentrava as suas jogadas ofensivas em Robben, que jogava aberto pela direita e enfrentava forte marcação da Eslováquia. Os eslovacos faziam uma boa atuação e conseguiam arriscar algumas finalizações da intermediária.
A primeira chance de gol foi dos eslovacos. Aos dois minutos, Weiss puxou contra-ataque em velocidade e passou para Jendrisek, que finalizou de fora da área. A bola passou por cima da meta defendida pelo goleiro Stekelenburg. A Holanda respondeu aos sete minutos. Após cruzamento de Kuyt, Van Persie cabeceou, a bola desviou em um defensor eslovaco e foi para fora.
Jogando em velocidade, a seleção holandesa abriu o placar aos 18 minutos. Sneijder lançou Robben na direita do ataque. Em sua jogada característica, ele cortou para o meio e finalizou com a perna esquerda. A bola entrou no canto direito do gol.
Em vantagem, a Holanda passou a controlar a partida, já que a Eslováquia enfrentava dificuldades para chegar com perigo perto da meta adversária, diante do bom posicionamento dos defensores holandeses, que marcavam forte. Apesar disso, a equipe não criava muitas chances de gol, pois preferiu se precaver, tocando a bola sem muita pressa e criatividade no meio-de-campo.
Assim, a partida caiu de qualidade, já que a Holanda estava mais preocupada em evitar os avanços da Eslováquia e não conseguia ser perigosa em contra-ataques, enquanto os adversários tocavam a bola na intermediária, mas não encontravam espaços para finalizar.
A Holanda seguiu com a partida sob controle no início do segundo tempo, mesmo sem apresentar uma postura ousada, e criou uma boa oportunidade de marcar aos cinco minutos. Robben recebeu de Van Persie, cortou para o meio, como lance do seu gol, e finalizou. O goleiro Mucha colocou a bola para escanteio.
A postura holandesa era parecida com a usada no primeiro tempo após abrir vantagem no placar, com troca de passes na intermediária e cuidados defensivos. Já a Eslováquia era pouco efetiva, pois se arriscava pouco e tinha dificuldades para finalizar. Além disso, não conseguia jogar em velocidade.
A Eslováquia conseguiu chegar com perigo aos 21 minutos, após boa troca de passes. Stoch recebeu na esquerda, penetrou na área, cortou para o meio e chutou forte. Stekelenburg fez boa defesa. O goleiro voltou a salvar a Holanda no minuto seguinte. Kucka deu belo passa para Vittek, que ficou cara a cara com Stekelenburg. O atacante finalizou e ele defendeu novamente.
As chances desperdiçadas pelos eslovacos parecem ter deixado a Holanda em alerta, já que a equipe tratou imediatamente de ser um pouco mais ofensiva. Aos 28 minutos, Kuyt recebeu na esquerda, fintou para o meio e finalizou de fora da área para boa defesa do goleiro Mucha.
A Holanda definiu a sua classificação às quartas de final da Copa do Mundo com um gol aos 39 minutos. Kuyt recebeu lançamento que veio da defesa e passou pelo goleiro com um toque de cabeça. Depois, tocou para Sneijder, que, com o gol vazio, chutou para as redes, marcando o segundo gol da seleção holandesa.
A Eslováquia marcou o seu gol aos 49 minutos, após o goleiro Stekelenburg cometer pênalti, duvidoso, em Jakubko. Vittek converteu a cobrança e marcou o seu quarto gol na Copa do Mundo. Agora, ele divide a artilharia do torneio com o atacante Gonzalo Higuaín, da Argentina.
FICHA TÉCNICA:
Holanda 2 x 1 Eslováquia
Holanda – Stekelenburg; Van der Wiel, Heitinga, Mathijsen e Van Bronckhorst; Van Bommel, De Jong, Kuyt, Sneijder (Afellay) e Robben (Elia); Van Persie (Huntelaar). Técnico: Bert van Marwijk.
Eslováquia – Mucha; Pekarik, Skrtel, Durica e Zabavnik (Jakubko); Kucka, Weiss, Hamsik (Sapara) e Stoch; Jendrisek (Kopunek) e Vittek. Técnico: Vladimir Weiss.
Gols – Robben, aos 18 minutos do primeiro tempo; Sneijder, aos 39, e Vittek, aos 49 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos – Robben e Stekelenburg (Holanda); Kucka, Kopunek e Skrtel (Eslováquia).
Árbitro – Alberto Undiano Mallenco (Espanha).
Público: 61.962 torcedores.
Local – Estádio Moises Mabhida, em Durban (África do Sul).