UOL

O primeiro relatório de danos encaminhado pelo Estado de Alagoas após as chuvas que devastaram várias cidades nesta semana indica um prejuízo inicial de R$ 732 milhões com a destruição de casas, rodovias, pontes, pavimentos urbanos e sistemas de abastecimento d’água. O documento foi requerido pelo gabinete civil da Presidência da República. Ainda estão fora da lista os gastos com as reformas dos prédios públicos.

De acordo com o relatório, a reconstrução de 19 mil casas consumirá a maior fatia do dinheiro, com gasto estimado em R$ 575 milhões. Já a reforma nas rodovias e pontes deve custar R$ 137 milhões. Os sistemas de abastecimento de água comprometidos dos municípios deram um prejuízo calculado em R$ 12 milhões, enquanto o da pavimentação urbana gira em torno de R$ 8 milhões.

Você Manda: envie imagens dos estragos da chuva

Você tem fotos ou vídeos?

Segundo o secretário de Estado de Planejamento, Sergio Moreira, o documento enviado a Brasília é apenas uma prévia, e os valores ainda devem aumentar.

Para Moreira, ainda é cedo para cravar valores da destruição causada pelas enchentes em 28 municípios o Estado. “Nós estamos tendo muito cuidado para não superfaturar nada, para que possamos ter credibilidade nos dados. É preferível neste momento que erremos para menos o que para mais”, disse.

Moradores de Branquinha, no interior de Alagoas, relatam drama provocado pelas enchentes

Ainda segundo o secretário, a reconstrução dos municípios não deverá ser imediata por ter atingido “níveis catastróficos”. “Foi uma calamidade, que acredito que Alagoas nunca viveu antes. Precisaremos pelo menos de dois anos para voltarmos a ter um a certa normalidade”, afirmou.

O secretário adjunto de Infraestrutura, Fernando Nunes, afirma que, antes de iniciar a reconstrução das casas, será preciso fazer um levantamento das áreas afetadas para que a tragédia causada pelas águas dos rios não se repita.

“Já estamos fazendo esse estudo, porque há áreas que não poderão ser reconstruídas. É preciso que identifiquemos locais seguros, possíveis de receber construções. E isso pode levar um certo tempo, mas é necessário”, disse Nunes.

Os danos causados às escolas e unidades de saúde serão levantados pelas secretarias de Educação e Saúde. Os municípios ainda devem contabilizar a destruição dos seus prédios públicos.

Nesta quinta-feira, o Serveal (Serviço de Engenharia do Estado de Alagoas) começa a realizar um cadastro de todos os prédios públicos atingidos pelas enchentes e saber quantos irão necessitar de obras e qual será o orçamento da reconstrução. A ideia do Estado é que os prédios que não foram abalados pelas chuvas possam receber, num primeiro momento, os cerca de 74 mil desabrigados e desalojados.

Compartilhe