Cristina Laura, da Sucursal  do A Tarde em Juazeiro

Esperando desde novembro do ano passado pela aprovação do Planserv para realização de uma biópsia prostática, o professor Valmir Ferreira do Nascimento não sabe mais a quem recorrer.

Funcionário público há 30 anos, Valmir é gestor de uma escola estadual do distrito de Poço de Fora, região de Curaçá (592 km de Salvador) e diz que nunca passou por uma situação dessas. Indignado com a demora em fazer o exame solicitado pelo médico, ele acusa a clínica de conivência. “Depois de esperar por três meses sem nenhuma resposta, resolvi procurar o Planserv para saber o que estava acontecendo. Fui informado que a clínica não está habilitada para o tipo de exame. O problema é que ninguém me informou nada e estou desde então sem fazer o exame”, afirma.

Ele questiona que, “se a clínica urológica de Juazeiro não realiza o exame, por que o médico pediu para ela?” Segundo Valmir, o médico pediu alguns exames e o de sangue, que mostra dosagem de PSA (proteína chamada Antígeno Prostático Específico, importante para a exclusão de possíveis tumores malignos da próstata).

“Se tivesse algo grave eu poderia não ter mais como tratar pelo  tempo que está levando para conseguir fazer a biópsia pedida pelo médico”, analisa o professor, que paga R$ 223,60  mensalmente pelo plano de saúde.

O assessor do Planserv, Rogério Paiva, estranhou o tempo de oito meses sem que o exame fosse realizado. Segundo ele, “o Planserv trabalha com prestadores de serviço e a clínica, hospital e laboratório têm que comprovar que possuem capacidade técnica de atender na área a que se propõem”, afirmou.  Paiva explicou ainda que a Clínica Urológica de Juazeiro está descredenciada para punção percutânea e ultrassonografia, mas não informou ao paciente para que ele procurasse outras clínicas.

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