Aura Henrique e Lucas Esteves, iG Bahia

A candidata do PT à Presdiência, Dilma Rousseff, procurou rebater hoje as críticas de adversários por sua falta de experiência nas urnas. Depois de um discurso que custou para empolgar a plateia na convenção realizada hoje pelo PMDB baiano, Dilma comentou em entrevista coletiva a tese de que lhe falta bagagem eleitoral. “Tenho experiência na administração. Sou servidora pública há décadas e participei de toda a gestão Lula”, disse Dilma. Foto: Futura Press Temer e Dilma acompanham a convenção do PMDB, que lançou Geddel na Bahia Leia mais Ao lado de Dilma, Geddel evita atacar adversários Para irmão de Geddel, eleição em 1º turno é certa Apesar de ter sido recebida calorosamente no evento que lançou o ex-ministro Geddel Vieira Lima para o governo da Bahia, Dilma não conseguiu empolgar a militância na convenção, realizada em Salvador. Em cerca de meia hora de discurso, ela não apresentou um roteiro começo-meio-fim e acabou deixando as atenções para Geddel, que se lançou na disputa contra o governador petista Jaques Wagner. O ex-ministro da Integração Nacional recebeu elogios rasgados da petista.

Para Dilma, Geddel poderá ser um bom governador caso eleito porque tem o perfil do presidente Lula e dela própria: eficiência, trabalho e mudança de realidades adversas. Ao falar de si própria, Dilma fez um discurso disperso, em que repetiu diversas vezes a expressão “viva a Bahia”. Nos intervalos, cometia algumas gafes, como chamar o prefeito de Salvador, João Henrique, de “Luiz Henrique” e arrancar risos gerais. Em outros momentos, chamou as mulheres a se engajarem na campanha, uma vez que o sexo feminino representa 52% do eleitorado brasileiro. “Mas não podemos ignorar, claro, os 48% de homens, porque eles são todos filhos de outras mulheres”. Dilma também se concentrou em tentar convencer a plateia de que representa a continuação do presidente Lula, lembrando que o ex-operário deu grande atenção ao Nordeste e em especial à Bahia. “Nós somos de um projeto que assume que o Brasil não deve ser governado para apenas dois ou três Estados. E é assim que continuaremos, com avanços em emprego, saúde educação”, analisou. Polêmica estadual Na entrevista coletiva após o discurso, a candidata do PT foi questionada quanto à disputa estadual entre Geddel e Wagner. Apesar de ter o apoio de ambos na campanha federal, Dilma pediu para não falar de nenhum dos dois candidatos para que não houvesse favorecimentos injustos. Os dois partidos romperam a parceria local no ano passado, depois que uma crise se instaurou devido ao descontentamento dos peemedebistas quanto à gestão de Wagner.

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