Rita Conrado l A TARDE
Embora o Democratas não confirme e o senador ACM Júnior (DEM) ainda mantenha publicamente a posição de rejeitar a participação na chapa majoritária da coligação DEM-PSDB, é o seu nome que desponta nos bastidores como o mais provável, senão o único, candidato à segunda vaga de senador pela Bahia na chapa do ex-governador Paulo Souto (DEM).
Na segunda-feira, 14, o deputado federal ACM Neto (DEM) também manteve o silêncio sobre a possibilidade de o seu pai entrar na disputa, voltando atrás na decisão de ficar fora do pleito de outubro. Mas é dado como certo que, nos últimos quatro dias, as pressões têm se intensificado no sentido de o senador participar da chapa de Souto.
“As pressões têm sido brutais”, afirmou uma fonte próxima ao DEM, garantindo que, embora ainda não haja definição, as discussões sobre o assunto foram, de fato, reabertas.
Isolamento – A retomada do nome de ACM Júnior como possível candidato a senador acontece após a visita de José Serra (PSDB) a Salvador, onde foi lançada a sua candidatura à presidência da República, na convenção nacional do partido, último sábado, e após o anúncio de desligamento do PTN da coligação, já que o partido formalizou o apoio à candidatura de Geddel Vieira Lima (PMDB). DEM e PSDB estão isolados na disputa.
“As iniciais ACM são uma grife forte, que torna ACM Júnior o mais competitivo entre as alternativas à disposição do DEM para disputar o Senado”, avaliou a fonte, ressaltando que a afirmação é confirmada por pesquisas internas do partido.
O tucano José Serra (PSDB), que tem o Nordeste como região estratégica para a sua candidatura, disputando espaço com a popularidade de Lula na região, não estaria disposto a abrir mão da dupla Souto-ACM, velha conhecida dos eleitores.
Prevalecendo os interesses partidários, ACM Júnior entra na disputa e administra pressões para que disponibilize mais tempo aos interesses empresariais da família.