Marcello Casal/ABr

Convertida em novela, a escolha do candidato a vice na chapa do presidenciável tucano José Serra vai ser esticada.

Serra informou aos seus aliados que não planeja anunciar o nome do vice antes da convenção nacional do PSDB.

O encontro ocorrerá neste sábado (12), em Salvador (BA). Vai ratificar apenas a candidatura de Serra.

 A deliberação sobre o segundo da chapa será transferida à Executiva Nacional da legenda. Sairá até o final do mês.

 A decisão de Serra foi amadurecida em duas reuniões. Uma no domingo (6). Outra na segunda (7).

 Na primeira, Serra dividiu a mesa de jantar com Fernando Henrique Cardoso e Sérgio Guerra, presidente do PSDB e coordenador da campanha.

 Na segunda, recebeu, de novo, Sérgio Guerra, que se fez acompanhar do deputado Jutahy Magalhães Jr. (PSDB-BA).

 Remanescem as dúvidas quanto aos nomes. Um pedaço do PSDB continua aferrado à ideia de que o vice deve ser um tucano.

 A grossa maioria da cúpula do DEM bate o pé. O partido não deseja impor um nome a Serra. Porém…

 Porém, o DEM deseja que Serra exerça sua “liberdade” de escolha pinçando um vice dos seus quadros.

 A hipótese de atrair para a chapa o presidente do PP, Francisco Dornelles (RJ), tornou-se uma hipótese improvável.

 No plano federal, o PP oscila, hoje, entre a neutralidade e o apoio à candidatura petista de Dilma Rousseff. O bloco simpático a Serra minguou.

 Serra trata o adiamento da escolha de seu vice como algo “natural”. Erro.

 Na convenção de sábado, depois de aclamado pelo PSDB, ouvirá dos repórteres a pergunta incontornável: E o vice?

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