A Câmara Baixa japonesa confirmou o nome do recém-nomeado presidente do Partido Democrático (PD), Naoto Kan, de 63 anos, para o cargo de primeiro-ministro do Japão, em substituição a Yukio Hatoyama, que ficou no cargo por apenas oito meses e meio.

O líder do PD recebeu os votos a favor de 313 dos 477 deputados presentes na Câmara de Representantes japonesa, na qual seu partido tem maioria absoluta.

Mais cedo os parlamentares do PD (Partido Democrático) japonês haviam elegido Kan como novo presidente da sigla.

Kan, de 63 anos é vice-primeiro-ministro e titular das Finanças, recebeu o apoio de 291 dos 423 parlamentares do PD, que tem maioria absoluta na Câmara de Representantes (câmara baixa) da Dieta, responsável pela nomeação do primeiro-ministro em casos como este, de renúncia.

Nesta sexta-feira, Hatoyama e todos os membros de seu gabinete entregaram carta de demissão, dando passagem à escolha de um novo presidente do PD, a quem o Parlamento japonês nomeará como novo chefe de governo.

Eleições

As eleições foram realizadas em duas etapas: às 12h30 locais (00h30 de Brasília), os 423 parlamentares do Partido Democrata do Japão (PDJ, no poder) elegerão seu novo presidente, que se apresentará a partir das 14h (02h de Brasília) no Parlamento para ser nomeado primeiro-ministro.

Primeiro votará a Câmara Baixa, onde o PD tem maioria absoluta, e depois será a vez do Senado, embora seja o resultado da Câmara de Representantes que prevaleça, segundo a Constituição japonesa.

Hatoyama renuncia oito meses após formar o governo. Ele teve uma vitória histórica nas eleições de agosto de 2009, em que apresentou promessas de mudança revolucionárias para um país governado durante 54 anos pelo conservador Partido Liberal-Democrata (PLD).

A má gestão da polêmica mudança da base militar americana de Futenma, em Okinawa, uma das principais promessas em sua campanha eleitoral, precipitou sua queda ao colocar sua popularidade abaixo dos 20%.

A saída do primeiro-ministro acontece um mês antes das eleições para renovar metade do Senado, câmara na qual o PD é o partido mais forte. Da EFE/Folha

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