A Câmara Municipal realizou, nesta quarta-feira (2), sessão mista para discutir a situação da casa de acolhimento a pessoas com câncer em Vitória da Conquista. A sessão foi uma iniciativa do mandato do vereador Álvaro Pithon (DEM), que tem por objetivo colocar na pauta de debates políticas públicas de incentivo ao trabalho desenvolvido pela instituição.
A Casa do Câncer recebe dezenas de pacientes da zona rural e de várias cidades do interior da Bahia, que são encaminhados a Vitória da Conquista para tratamento contra o câncer. A instituição acolhe os pacientes, orienta e fornece medicação e alimento. A principal dificuldade enfrentada é a falta de espaço adequado para acolher todos os que dependem da Casa para dar continuidade ao tratamento de saúde.

O vereador Álvaro Pithon afirmou que a Casa do Câncer foi criada em 2000, por uma iniciativa de Maria do Carmo Gomes, voluntária no auxílio a pessoas com câncer que não têm onde ficar quando procuram Vitória da Conquista para tratamento da doença. O parlamentar solicitou apoio dos vereadores, especialmente na doação de camas e produtos alimentícios.
Pithon também solicitou da administração municipal que a mesma disponibilize servidores na área de saúde para auxiliarem no trabalho desenvolvido pela Casa do Câncer. O vereador disse que o projeto precisa de duas enfermeiras e vigilantes para dar suporte nas atividades realizadas pela instituição.

Para Suzana Ribeiro, secretária Municipal de Saúde, a sessão foi importante para que a população tenha conhecimento sobre o trabalho realizado por instituições filantrópicas como a Casa do Câncer. Sugeriu que os prefeitos da região também apóiem a Casa do Câncer, já que a maioria dos pacientes atendidos pela instituição são oriúndos de outros municípios.
Ribeiro destacou que a Prefeitura tem firmado parcerias com iniciativas como a Casa do Câncer, oferecendo suporte para o funcionamento das mesmas. Afirmou que o Hospital de Base está se habilitando para a realização de cirurgias oncológicas de alta complexidade, fruto de investimentos do governo. Ressaltou que a saúde pública em Conquista atende centenas de pacientes de cidades circunvizinhas, o que sobrecarrega o atendimento no SUS.

Segundo Maria do Carmo Gomes, fundadora e voluntária da Casa do Câncer, o trabalho realizado pela instituição é motivado pelo amor ao próximo e desejo de vê-los recuperados da doença. Gomes ressaltou que o trabalho só é possível por causa do apoio de diversas pessoas que se sensibilizam com o sofrimento de pessoas que não têm onde ficar durante o tratamento da doença em Conquista. “Agradeço a Deus por Ele ter colocado pessoas tão sensíveis ao meu lado”, declarou, ressaltando o apoio que recebe da Igreja Católica.

Já Paulo Andrade, voluntário da Casa do Câncer, afirmou que se sente satisfeito em poder participar de um projeto tão importante como a Casa do Câncer. Destacou o trabalho realizado por Maria do Carmo e solicitou apoio da comunidade conquistense na conclusão do prédio em que vai funcionar a Casa do Câncer.

César Ladeia, também voluntário da Casa do Câncer, ressaltou que é um privilégio poder integrar a equipe de voluntários da instituição. Já Luciana Matos, voluntária do projeto, ressaltou que pessoas com câncer precisam de ajuda urgente, o que sensibiliza os voluntários da Casa do Câncer. Lamentou a falta de infraestrutura das atuais instalações da instituição e solicitou apoio dos vereadores para o funcionamento de entidades filantrópicas.

Valverde Alves, também voluntário da Casa do Câncer, afirmou que o atual local atualmente atende 78 pessoas de forma precária. “Temos apenas a bandeira da solidariedade”, disse, ressaltando que todas as pessoas que procuram a instituição são atendidas.

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