da Folha

As vendas de veículos novos bateram mais um recorde no acumulado do ano, atingindo 1,317 milhão de unidades emplacadas de janeiro a maio, segundo os dados obtidos pela Folha.com, superando a melhor marca até então, contabilizada no mesmo período de 2008 (1,151 milhão).

Só no mês passado, foram licenciados 251,1 mil automóveis, comerciais leves, ônibus e caminhões, com o melhor resultado para maio, ultrapassando o desempenho no ano passado (247,0 mil). O número, porém, é inferior a abril (277,8 mil), ainda influenciado pela redução de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) devido às promoções e aos estoques remanescentes de março, que detém o recorde do setor (353,7 mil) por ter sido o último mês com o benefício fiscal.

Desde abril, os carros a álcool ou flex de mil cilindradas tiveram a alíquota do imposto elevada de 3% para 5%. Já nos de até 2.000 cilindradas, o percentual passou de 7,5% para 11%. O incentivo, concedido em dezembro de 2008 e que até o final de 2009 valia também para os carros a gasolina, foi uma das principais medidas tomadas pelo governo federal para combater os efeitos da crise econômica e estimular as vendas no setor. A medida surtiu efeito, e os emplacamentos registraram o terceiro recorde consecutivo no ano passado.

De olho nesse mercado ainda em crescimento, os investimentos da indústria automobilística brasileira entre 2010 e 2012 devem totalizar US$ 11,2 bilhões, bem acima do triênio anterior (2007 a 2009), quando ficaram em US$ 8,1 bilhões, de acordo com a Anfavea (associação das montadoras).

A expansão das carteiras de leasing e CDC (Crédito Direto ao Consumidor) para a compra financiada de automóveis e comerciais leves pelos consumidores também aponta nessa direção, ao atingir R$ 163,1 bilhões em março, registrando um crescimento de 12,4% no saldo em relação ao mesmo mês em 2009, segundo os dados mais recentes divulgados pela Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras).

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