Daniel Tozzi, Levi Guimarães e Paulo Passos, enviados iG

A sisudez do Brasil de Dunga, que se vangloria do seu espírito guerreiro, não será empecilho para Robinho emplacar as comemorações com danças que Neymar, Ganso e ele próprio implantaram no Santos. Isso mesmo com os colegas “cintura dura” que o atacante diz ter na seleção. “Tipo o Kaká e o Fabuloso [Luís Fabiano]”, apontou Robinho, aos risos.

O atacante também avisa ver espaço para espetáculo dentro da proposta de futebol altamente competitivo que o técnico quer do time nesta Copa do Mundo. Dunga já disse que, em sua opinião, só o título manterá o prestígio do seu trabalho nos últimos três anos e oito meses.

“Mesmo com essa formação de futebol guerreiro, nosso time tem jogadores capazes de decidir partidas, como Luís Fabiano, Kaká, eu, Elano… Queremos sempre os três pontos, mas temos condições também de dar espetáculo”, afirmou o jogador.

Robinho reitera que o treinador não impede o elenco de demonstrar qualidade na frente, apostando também em individualidades.

“O Dunga dá total liberdade para os jogadores fazerem o que sabem, sem ficarmos inibidos. Não tem por que mudar. A seleção brasileira tem que jogar para frente e com alegria. É assim que vou fazer”, disse.
A principal preocupação do treinador é desempenhar um trabalho oposto ao realizado pelo Brasil na Copa do Mundo de 2006, quando a promessa de espetáculo do “quadrado mágico” formado por Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Adriano e Ronaldo naufragou.

Robinho conhece bem os erros que aconteceram quatro anos atrás, pois era reserva daquele time. Por isso, mesmo sem o status da formação anterior, o atacante confia na filosofia atual do Brasil.

“A outra seleção era muito mais badalada que esta, pois tinha jogadores mais conhecidos. O convívio sempre foi bom, mas, infelizmente, não ganhou. Mesmo sem a badalação, esperamos ganhar agora”, completou.

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