Da Agência Brasil

Brasília – Apesar de uma ordem judicial determinar a desocupação da área em frente ao Ministério da Justiça, os índios – que estão no local desde janeiro – afirmam que o acampamento só será desativado se o ministro, Luiz Paulo Barreto, receber o grupo. A liminar emitida pela 6ª Vara Federal exige que os indígenas de 20 etnias saiam da área, mantendo uma distância mínima de mil metros, e não impeçam o funcionamento das atividades do órgão.

O líder indígena Arão da Providência afirma que Acampamento Revolucionário Indígena deve permanecer no local até que o ministro os receba. Eles exigem, principalmente, a exoneração do presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira, e a revogação do Decreto 7.056/99 (que institui as atribuições da instituição).

A procuradora do Ministério Público Federal Luciana Loureiro explica que a limitar é uma medida de conter uma invasão que estava programada pelo grupo indígena durante reuniões no ministério.

“Houve relatos que os índios pretendiam invadir as dependências do ministério para impedir o encontro da Comissão Nacional de Política Indigenista. A União foi à Justiça e solicitou a limitar evitando que as atividades na casa fossem interrompidas”, destaca a procuradora.

O ministério destinou a servidora Ana Patrícia para negociar com os índios. De acordo com ela, eles devem organizar uma comissão que será atendida pelo ministro, desde que desocupem a área invadida. A Funai ofereceu hospedagem, alimentação e transporte aos índios para abandonar o local, mas até o momento as propostas foram recusadas.

Edição: Talita Cavalcante //Matéria alterada para corrigir informação.

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