No Egito, cristãos são mortos brutalmente e assassinos não são punidos
Uma conhecida jornalista do Oriente Médio, Mary Abdelmassih, relata que no Egito os muçulmanos acusados de matar cristãos estão usando como defesa a “insanidade”.
A jornalista escreveu para o Internacional Assiria News Agency (AINA) que os investigadores islâmicos, juízes e psiquiatras estão dispostos a confirmar o diagnóstico de insanidade. “Com esse pretexto, eles permitirão que seus irmãos muçulmanos fujam da culpa de assassinato, baseados na lei islâmica, que diz: ‘Ajuda teu irmão, se ele for um opressor ou oprimido’”, afirma ela. Ela lembra ainda que um dos exemplos mais recentes utilizando a defesa de insanidade foi o assassinato do diácono cristão George Fathi, que foi morto em Alexandria em 6 de outubro de 2009, deliberadamente e com premeditação, por dois fundamentalistas: Mohamed Abdel-Moneim (21) e seu irmão Ahmed (17).
Mary Abdelmassih disse que George foi encontrado em seu apartamento, estrangulado e eletrocutado. “Seu pai, que estava sentado em um café de frente para o apartamento, viu fumaça saindo e, quando ele abriu a porta, encontrou seu filho morto. Os assassinos abriram um botijão de gás e fizeram uma fogueira para causar uma explosão. Mas, isso foi evitado pelo pai com ajuda dos vizinhos, que testemunharam três homens barbudos entrarem no apartamento anteriormente”.
Quando os irmãos Abdel-Moneim foram presos, disseram que a vítima tentou abusar sexualmente deles, por isso o mataram em legítima defesa. O acusado de 17 anos, por ser menor de idade, foi entregue à sua família.
A mídia imediatamente propagou a alegação de abuso sexual e, como esperado, o assassino encontrou apoio e empatia no público muçulmano. “Os acusados tentaram nos levar por esse caminho, mas a investigação não encontrou nenhuma evidência de homossexualidade do diácono George. Vou abrir processos contra os jornais por difamação”, disse o advogado da família da vítima, Mokbel Sobhy.
Os amigos de George Fathi afirmaram que ele era conhecido em toda a Alexandria por ser cristão. Foi ele mesmo que ajudou a irmã dos assassinos, Abdel Moneim, a se converter ao cristianismo, e eles o mataram em retaliação.
O advogado do réu alegou que Mohamed sofre de doença mental e não foi responsável por seus atos, e pediu para o seu cliente ser submetido à avaliação psiquiátrica. O tribunal aceitou o pedido e suspendeu a audiência.
Em 24 de abril, o juiz declarou a avaliação psiquiátrica de Mohamed Abdel-Moneim e confirmou que ele sofre de demência. Os advogados da vítima solicitaram o relatório do médico.
O renomado advogado e ativista Naguib Ghoraeel, chefe da União Egípcia de Direitos Humanos, emitiu um comunicado de imprensa em setembro de 2009, acusando o Ministério do Interior de mentir, e advertiu-lhes que ninguém acreditasse que o assassino é “mentalmente instável”.
Fonte: Christian News Today/CPAD News