do A Tarde

 Os 23 policiais militares que participaram da greve de 2001 obtiveram mais uma vitória semana passada. A Vara de Auditoria Militar da PM baiana considerou prescritas as ações penais contra os réus. Desses 23, 19 já obtiveram, judicialmente, a reintegração aos seus cargos de onde haviam sido demitidos na gestão do então governador César Borges, na época do PFL, hoje senador pelo PR. Seis ainda aguardam a reintegração.
O caso dos PMs grevistas é emblemático pois, em 2006, foram aliados do então candidato Jaques Wagner ao governo baiano.
Ajudaram a desgastar o governador Paulo Souto, na época do PFL que buscava a reeleição, exibindo contra-cheques de integrantes da corporação para mostrar que a PM baiana pagava os piores salários do País.
Na campanha, Wagner prometeu anistiar todos os demitidos por perseguição política e reintegrá-los à corporação, mas isso não ocorreu, nem mesmo depois de o presidente Lula ter assinado, em 14 de janeiro, a lei aprovada no Congresso que concedeu anistia aos policiais militares do País que participaram de movimentos reivindicatórios.
Em março, a Associação dos Policiais da Bahia (Aspol) fundada pelos grevistas demitidos, enviou ofícios ao governo estadual, comando da PM, Assembleia Legislativa requerendo que a lei fosse cumprida e até agora não houve resposta.

Parece que a gente se entalou no sal, ironizou o sargento José Dias, presidente da Aspol, numa referência a uma das frases de Wagner após a eleição aludindo que iria governar com os companheiros que haviam “comido sal e tomado sol” nos longos anos da oposição.

Saudade da democracia grega…

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