O indicador de perspectiva de crédito ao consumidor, que tenta antever o cenário num horizonte de seis meses, caiu 1,1% em março ante fevereiro, registrando a quinta queda mensal consecutiva e atingindo o valor de 104,3, segundo os dados da Serasa Experian divulgados nesta segunda-feira.

O movimento sinaliza que o crédito, após ter crescido de maneira acelerada desde o segundo semestre de 2009, entrará numa trajetória de expansão mais moderada a partir dos próximos meses, de acordo com os economistas da Serasa. A desaceleração, que deve começar ainda neste trimestre, tenderá a ser mais acentuada na segunda metade do ano.

O ciclo de elevação da taxa básica de juros, iniciado na semana passada, e a retirada dos estímulos fiscais para a compra de bens duráveis estão entre os fatores que vão proporcionar um crescimento mais moderado, segundo os analistas.

Para as empresas, o indicador recuou 0,2%, chegando ao valor de 97,5, com a quinta variação negativa seguida. Isso sinaliza, para os economistas da Serasa, que o ritmo de concessões reais de crédito, principalmente em operações de capital de giro, também deve ter desaceleração com o ciclo de aperto monetário.

O volume de concessões de crédito com recursos livres para as empresas, ponderam os analistas, ainda se encontra abaixo do equilíbrio de longo prazo (nível 100) e ainda deve permanecer até o final do ano, conforme aponta o indicador.

Folha

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