Rebelião teria sido provocada pela suspensão das visitas aos presos, que começaram a quebrar tudo

do Achei Brumado

Terminou em paz a rebelião que se iniciou às 8 horas da manhã no Complexo Policial de Brumado, acontecido no dia das comemorações do patrono da Polícia, o inconfidente Tiradentes, é um desses paradoxos sociais que acontecem na sociedade hodierna.

Os rebelados exigiram a presença da Justiça e da Imprensa e a Polícia intermediou, a princípio, as negociações, as quais foram finalizadas pelo juiz Bernardo Lubambo e pelo promotor Leandro Meira, que conseguiram contornar a rebelião.

A consciência de que a Delegacia de Brumado, nada mais é do que um presídio sem a mínima segurança, que está superlotada de presos de alta periculosidade de toda a região, com a agravante, de se situar num bairro residencial, ao lado de uma das maiores escolas do município e ao lado do Hospital Magalhães Neto, vem crescendo e, com isso, um forte apelo social começa a nascer com grande intensidade para que se resolva essa situação, que, a cada dia, se agrava.

Esses dias várias tentativas de fugas, que culminaram na rebelião desta terça-feira, se devem ao aumento do contingente carcerário dos últimos dias com presos de alta periculosidade, os quais teriam sido os líderes da rebelião.

A questão da Segurança Pública em Brumado realmente inspira muitos cuidados e vários políticos têm vindo ao município prometer soluções para a crise, mas, nada de efetivo até o momento foi realizado.

O saldo da rebelião foi, segundo sondagens de nossa equipe, altamente negativo do ponto de vista econômico, pois o setor de carceragem teria sido totalmente destruído pelos presos, o que iria dificultar, sobremaneira, a detenção dos mesmos, sendo que eles teriam que ser mantidos, provisoriamente, no pátio da carceragem, até que sejam feitas ações de reparos, ou se transfiram a maioria deles para outras cidades.

No momento do fechamento desta matéria, estão reunidos na sala da Coordenadoria da 20ª Corpin, o delegado Elvander Miranda, o juiz Bernado Lubambo, o promotor Leandro Meira e a comissão formada por três presos, fechando os últimos pontos da negociação.

A comissão dos presos está reivindicando a aceleração no julgamento dos processos; visitas íntimas; banho de sol e, alguns, pedem transferência para outras delegacias.

A questão da transferência tem uma agravante, pois a situação da superlotação de todas as delegacias e presídios é a mesma em praticamente toda a região, sobrando apenas os grandes centros como Salvador e Feira de Santana.

Segundo fontes da Polícia Civil está se mantendo contato com uma desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia, para que seis presos, considerados os de mais alta periculosidade, sejam transferidos de Brumado, mas nas próximas horas isso deverá ser resolvido.

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