A Empresa Baiana de Alimentos (Ebal) está em destaque no cenário do varejo nacional, diante de sua recente reestruturação econômica. As novas diretrizes administrativas adotadas permitiram a queda do endividamento da empresa, de R$ 306 milhões para R$ 92 milhões, nos últimos três anos. Em via contrária, o faturamento da Ebal deu um salto vertiginoso – de R$ 205,5 milhões para R$ 483,1 milhões desde 2008. Um crescimento de 135%.
Os dados foram apresentados durante a abertura do encontro “Perspectivas 2010 – Nova Ebal”, realizado, nesta segunda-feira (19), no Fiesta Convention Center. Participaram do evento, o governador Jaques Wagner, o secretário de Indústria, Comércio e Mineração, James Correa, o presidente da Ebal, Reub Celestino, entre outras autoridades.
“Sem perder de vista os objetivos de prestar um bom serviço, alavancar a economia no interior do estado e ajudar nossa gente a ter melhores produtos a preços melhores, demos uma demonstração eficiente de como oferecer uma empresa pública, que funciona bem, com resultados positivos”, destacou Wagner.
Esta reestruturação econômica deu-se em conseqüência de uma séria de ações empreendidas como a modernização das estruturas, renegociação de dívidas, adequação do quadro de colaboradores, instituição de uma assessoria de qualidade e fortalecimento da política de recursos humanos. E ainda os convênios sociais firmados com outras instituições, a exemplo da Coelba, por meio do qual foram vendidas, a preços populares, mais de 50 mil geladeiras.
Para o secretário James Correa, a nova configuração de êxito da Ebal indica um caminho de crescimento trilhado por um esforço conjunto dos aproximadamente 2.350 funcionários da empresa. “Esta nova Ebal é resultado de uma gestão sem influências políticas, sem interferência sobre quais produtos comprar e de quem comprar, com total autonomia dos dirigentes e a participação engajada de todos os funcionários da empresa”.
Os resultados alcançados geraram reconhecimento nacional. A Ebal foi citada em publicações especializadas e recebeu prêmios pelo seu desempenho, entre eles, o da revista Supermercado Moderno, em 2009. No ranking do 38º relatório anual publicado pela revista, a empresa apareceu em 6º lugar no crescimento em vendas por metros quadrados, no Brasil.
Perspectivas
Além do balanço das ações, o encontro serviu para as discussões sobre as novas perspectivas da Ebal para este ano. Espera-se que os resultados positivos obtidos até aqui sejam mantidos, com vistas a um ano também marcado pelo crescimento da empresa.
“Neste ano vamos alcançar uma coisa que, em 31 anos, nunca conseguimos: a autossustentabilidade. Com nosso próprio dinheiro, gerido pela própria Ebal, vamos pagar todas as nossas despesas”, explicou Reub Celestino.
Cesta do Povo: meta é inaugurar 310 lojas em 2010
O atual desempenho econômico da Ebal está diretamente relacionado ao crescimento da rede estadual de supermercados Cesta do Povo. Já são 296 lojas, em 239 municípios baianos, além de cinco centrais de distribuição de alimentos e sete pontos de frigorífico.
Somente em 2009, essas unidades contabilizaram 23 milhões de atendimentos, aproximadamente. Nelas são comercializados 2.310 itens – o maior número de produtos da história da Ebal – em três faixas diferenciadas de preços.
A rede conta, hoje, com infraestrutura modernizada, padronização dos pontos de venda e diversidade de marcas. A meta para 2010 é chegar a 310 lojas, atingindo um faturamento de R$ 640 milhões.
“Agora estamos vendo que a Cesta do Povo está melhorando. A rede está com produtos melhores e com a preocupação de servir melhor à população. Esperamos ficar cada vez mais satisfeitos”, afirmou a dirigente da Associação de Donas de Casa da Bahia, Selma Magnavita.
AGECOM/BA