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É grande o número de crianças tomando soro nos hospitais e clínicas devido à virose sazonal que acomete Vitória da Conquista-BA

Um elevado número de casos de uma virose tem preocupado clínicos e pediatras de Vitória da Conquista-BA. O quadro clínico é de vômitos, diarréia, febre, mal estar geral, lassidão e às vezes desidratação. Em várias crianças foi detectado o Rotavírus. Apesar de a prefeitura municipal fazer boa cobertura vacinal, a doença tem se apresentado sempre que inicia o período mais frio.

Nos hospitais e clínicas da cidade é que se pode observar como a situação é preocupante. O número elevado de internações de crianças na faixa de 2 a 05 anos fala por si. É necessário esclarecer à população sobre a importância de certas atitudes que devem ser tomadas para conter esta virose que é sazonal.

 

Todo mundo sempre ouve falar de Rotavírus. Mas será que os papais sabem o que é essa doença e como fazer para cuidar de seus filhotes caso fiquem doentes?
É simples: o Rotavírus é um vírus, com aspecto de roda, que vem sendo o principal agente causador de diarréia em crianças menores de cinco anos em todo o mundo, especialmente em creches ou escolas.

Embora quase todas as crianças sejam infectadas nos primeiros anos de vida, é com crianças de até dois anos que
ocorrem os casos mais graves. As crianças prematuras de baixo nível sócio-economico ou com deficiência imunológica são
mais sujeitas a desenvolver um quadro mais grave da doença.

Mas, nem mesmo os adultos estão livres do contágio. Em qualquer faixa etária o homem pode
ser contaminado, inclusive, mais de uma vez, devido à existência de mais de um sorotipo de Rotavírus. No entanto, a
primeira vez é a mais grave e os pais devem tomar muito cuidado se seus filhos contraírem o vírus.

Esses vírus são eliminados em alta quantidade nas fezes de crianças infectadas e transmitidos pela via fecal-oral, por
água ou alimentos, por contato com as pessoas, por objetos contaminados e principalmente pela via respiratória, ou
seja, da mesma forma que um vírus de gripe. É por este motivo que sua incidência aumenta muito nos meses de inverno,
juntamente com os casos de gripe. Porém, o Rotavírus, ao contrário dos outros vírus, permanece vivo por mais tempo
no ambiente e é mais resistente, portanto sua proliferação é mais fácil.

A infecção por Rotavírus pode ser assintomática, ou seja, causar sintomas no doente, ou não. Em casos de infecção
sintomática pode variar de um quadro leve, com diarréia líquida e duração limitada até os quadros graves com desidratação,
febre, vômitos e cólicas. Pode ainda haver sintomas respiratórios, como obstrução nasal, coriza discreta, dor de garganta e
tosse seca.

O vírus pode passar por quatro etapas. Na primeira, que corresponde à maioria dos casos, a criança é hidratada em casa
sem maiores complicações. Depois, pode ser necessário fazer uma consulta ao médico e indicar a hidratação oral
(sorinho). No terceiro estágio, a criança precisa passar por uma observação hospitalar no pronto-socorro por cerca de 12
horas. Só quando a virose atinge a última etapa é que a internação hospitalar se faz necessária.

A higiene é fundamental e, em casa, os pais podem tomar algumas providências para evitar a virose: lavar as mãos,
pois a mão é um dos principais focos de contágio, controlar a qualidade da água e dos alimentos e destino adequado
dos dejetos e do esgoto. Essas medidas são imprescindíveis para a prevenção de quaisquer surtos de diarréia. Um outro
aspecto importante e fundamental nas crianças de até seis meses de idade, é quanto ao estímulo do aleitamento
materno, que parece ter principal presença pelos níveis de anticorpos contra o Rotavírus, pois fornece à criança defesas
contra vírus, bactérias ou protozoários causadores da diarréia.

Nas escolas e creches a disseminação é maior devido ao contato direto entre as crianças e indireto através de brinquedos, maçanetas e outros objetos de uso comum.

Nos países em desenvolvimento
estima-se que esta virose cause mais de meio milhão de mortes por ano. A vacina contra o Rotavirus é um líquido que é dado pela boca a crianças de idades entre 6 e 32 semanas.

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