O juiz substituto da 2ª Vara Criminal Federal de Foz do Iguaçu, Mateus de Freitas Cavalcanti Costa, autorizou na manhã desta terça-feira a transferência de Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, o Cadu, suspeito de matar o cartunista Glauco Villas Boas e seu filho Raoni, para o presídio federal de segurança máxima de Catanduvas, na região oeste do Paraná.

No despacho, o juiz acata os argumentos da Polícia Federal de que havia risco para a integridade física de presos da delegacia da PF em Foz do Iguaçu e do próprio acusado, por causa da postura violenta de Cadu. A superlotação da carceragem foi outro motivo alegado para a transferência.

O despacho do Juiz Mateus de Freitas Cavalcanti Costa foi encaminhado para a Justiça Federal de Catanduvas e para a administração da Penitenciária Federal. A PF de Foz aguarda autorização vinda de Catanduvas para transferir o suspeito.

Entenda o caso
O cartunista e seu filho, Raoni Villas Boas, 25 anos, foram mortos na madrugada de sexta-feira, dia 12 de março, com quatro tiros cada, na residência da família, em Osasco (SP). Os dois chegaram a ser levados para o Hospital Albert Sabin, mas não resistiram aos ferimentos.

Glauco começou sua trajetória como cartunista nos anos 70, no Diário da Manhã, de Ribeirão Preto (SP). Ele publicou suas tiras também na Folha de S.Paulo e na revista Chiclete com Banana. O cartunista é famoso por ter criado personagens como Geraldão, Casal Neuras, Doy Jorge, Dona Marta e Zé do Apocalipse.

Na casa de Glauco, eram realizados cultos da Igreja Céu de Maria, que segue a filosofia do Santo Daime, prática religiosa cristã, ecumênica, que repudia todas as formas de intolerância religiosa. Os seguidores tomam o chá conhecido por esse nome. Para eles, a bebida amplia a capacidade perceptiva, criativa, cognitiva e de discernimento, elevando a consciência do ser humano.

Terra

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