Em entrevista à rádio Itatiaia na manhã de hoje –uma das emissoras de maior audiência em Belo Horizonte–, a ex-ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência, elogiou o governador Aécio Neves (PSDB) e até admitiu a possibilidade de o eleitor mineiro votar em outubro em uma dobradinha PT-PSDB para a Presidência e governo do Estado, respectivamente.

“Eu respeito muito o governador Aécio Neves. Em relação as nós [governo Lula] tem sido um governador exemplar”, afirmou Dilma.

Dilma fora questionada sobre o que achava de ocorrer na eleição algo semelhante ao que ocorreu em 2002 e 2006, quando Luiz Inácio Lula da Silva venceu a disputa para presidente, e Aécio, para o governo do Estado. Agora seria Dilma presidente e o tucano Antonio Anastasia para o governo, o que no Estado está sendo chamado de “Dilmasia”.

“Espero que a gente aqui em Minas Gerais tenha a melhor relação possível. A gente não escolhe a forma pela qual o povo monta as alianças. É possível que ocorra. Como houve o ‘Lulécio’, [é possível existir] a ‘Dilmasia’. Eu acho até melhor a inversão, né? ‘Dilmasia’ é meio esquisito. Anastadilma, qualquer coisa assim”, disse ela.

Dilma disse que falava por “hipótese”, mas que ela deseja que PT e PMDB se entendam e criem um palanque único, para que possam eleger também o governador e os senadores.

Ela voltou a atacar o pré-candidato do PSDB, José Serra, afirmando que não tem como ele ficar desvinculado do governo FHC, lembrando que ele foi ministro do Planejamento e da Saúde.

“Acho que o ex-ministro José Serra, tanto do Planejamento e da Saúde, vai ter que ser analisado no quadro do governo do FHC. Eu não tenho vergonha do Lula, eu não escondo o Lula. Espero que ele também não esconda o governo no qual ele participou”, afirmou.

Folha

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