A graviola está bem adaptada ao clima baiano

A Bahia está prestes a se tornar o maior produtor mundial de graviola. A produção anual do Estado está em oito mil toneladas em uma área de 700 hectares, somente no litoral sul baiano. Após o levantamento de todas as áreas produtoras,  ainda previsto para 2010, estima-se que a marca supere os 1.500 hectares da Venezuela, líder do ranking mundial.

“Estamos caminhando para isso, mas até o momento temos 700 hectares. Somos os maiores produtores nacionais”, explica a coordenadora estadual de projetos da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Keyla Soares Silva.

Em 2009, o título pertencia ao Ceará. Os números da produção baiana foram obtidos  por meio do geoprocessamento, técnica que utiliza programas de computador para obter referências cartográficas. O levantamento inicial foi feito nos municípios de Una, Valença, Gandu, Ilhéus, Wenceslau Guimarães e Tancredo Neves.

A graviola está bem adaptada à Bahia em função do clima tropical. A comercialização da fruta, que não pode ser consumida in natura devido ao alto teor de fibras, depende do despolpamento da produção. Enquanto que o quilo da fruta fica entre R$ 1,50 e R$ 2,50, a polpa chega a custar o triplo.

Mais de 50% da graviola processada no Estado é vendida para São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Nas indústrias, a graviola é transformada em polpa congelada, suco,  sorvete e iogurte. Já o consumo baiano se restringe às cidades produtoras e à capital.

do A Tarde

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