O tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), João Vaccari Neto, afirmou nesta terça-feira desconhecer um suposto pagamento de R$ 5,5 milhões feito ao deputado cassado e ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu.

Em depoimentos prestados ao Ministério Público em 2005, o corretor de valores Lúcio Funaro disse que Dirceu teria se beneficiado de negócios fechados por fundos de pensão sob controle do PT, recebendo – o então ministro e o partido – comissões de R$ 5,5 milhões. Os recursos teriam origem em operações do Portus, o fundo de pensão dos servidores do setor portuário.

“Não tenho conhecimento de nenhuma dessas citações. Nunca participei disso, em nenhuma hipótese”, disse Vaccari, que presta depoimento em uma reunião conjunta das comissões de Fiscalização e Controle e de Direitos Humanos do Senado.

O nome do tesoureiro petista aparece em denúncias de pagamento de propina e desvios de dinheiro da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo), com aplicação supostamente irregular de recursos dos fundos de pensão da Previ (Banco do Brasil), Funcef (Caixa) e Petros (Petrobras). De acordo com as investigações, parte dos recursos teria sido aplicada em campanhas do PT e no esquema do mensalão federal.

“Tenho me dedicado à recuperação e solução dos problemas que temos na Bancoop”, disse Vaccari, que ocupou a presidência da cooperativa de 2005 a fevereiro de 2010.

 Terra

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