O PT desistiu da mansão no Lago Sul que seria alugada para a sua candidata a presidente da República, Dilma Rousseff, morar durante a campanha eleitoral, depois que deixar o cargo de ministra-chefe da Casa Civil. Foi a própria ministra quem decidiu por uma residência mais discreta, depois de visitar vários imóveis acompanhada por assessores.

A nova casa, no entanto, também fica na área nobre da capital e tem preço de aluguel semelhante à que havia sido escolhida antes: “cerca de R$ 10 mil a R$ 12 mil por mês”,  segundo o presidente do PT, José Eduardo Dutra. Não tem dois andares como a outra. É construção térrea, com piscina, churrasqueira e três quartos. Mas não tem vista para o lago. E já está em reforma para a chegada da nova inquilina. Uma exigência de Dilma, segundo assessores, era para que o imóvel tivesse “amplo espaço” na área externa para o seu cachorro labrador, o “Nego”, herdado do antecessor José Dirceu.

Andreia Sadi
Casa escolhida para Dilma é mais discreta

A mansão anteriormente escolhida pertence ao ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Aldir Passarinho e está avaliada em R$ 10 milhões. Tinha 1,2 mil metros quadrados, três suítes, churrasqueira, sauna, piscina e vista para o lago. Outro motivo apresentado pelo PT para ter desistido do imóvel é suas escadas seriam um obstáculo para a mãe da ministra, de idade avançada.

Na busca pela casa, o PT quase aceitou a oferta do ex-ministro das Relações Institucionais Walfrido dos Mares Guia, que propôs emprestar a Dilma uma casa sem custo algum, mas o partido recuou para evitar repercussão negativa na campanha.

“O Walfrido chegou a oferecer há um tempo atrás uma casa, mas já que se pode pagar e para não criar especulações em torno da campanha, optou-se por não pegar”, explicou o presidente do PT, que ainda não viu a casa.

Além do custo zero, o partido temia a associação a Mares Guia porque o ex-ministro deixou a pasta após ser denunciado pelo Ministério Público no caso do mensalão mineiro, suposto uso de caixa dois na campanha de reeleição do então governador de Minas Eduardo Azeredo (PSDB-MG).

O partido vai alugar também perto da data da convenção partidária, em julho, um escritório de campanha para ministra e o comitê, ambos em Brasília. Dutra não confirmou quanto está reservado para os imóveis, mas disse que não deve passar dos R$ 30 mil mensais.

Apesar de o negócio não estar fechado, o partido decidiu que o comitê será abrigado no Setor Comercial Sul, local estratégico por ser o endereço do Diretório Nacional do partido.

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