O advogado de Glauco Villas Boas, Ricardo Handro, contou na manhã desta sexta-feira (12) à reportagem do R7 que o cartunista e a mulher dele estavam em casa por volta da meia-noite, quando assaltantes “aparentemente atordoados” invadiram a casa para levar o Glauco como refém.

 A casa da família fica na estrada Alpina, no Jardim Santa Fé, em Osasco, na Grande São Paulo. Quando o grupo estava saindo da residência, o filho mais novo do cartunista, Raoni, de 25 anos, chegava no local. Ele tentou negociar com os bandidos para não levar o pai. Os criminosos ficaram nervosos, balearam os dois e fugiram. 

O advogado afirmou ainda que, enquanto os assaltantes estavam na casa, Glauco e a mulher foram agredidos.

A Polícia Militar informou que foi notificada sobre o crime pelo 190. A ligação pedia para atender uma ocorrência de disparo de arma de fogo. A pessoa que ligou para a polícia informou que um carro preto, não identificado parou em frente à casa, três homens desceram e um deles atirou contra as duas vítimas. Os feridos foram socorridos ainda com vida e levados para o Hospital Albert Sabin, na Lapa, zona oeste de São Paulo, mas não resistiram aos ferimentos e morreram. 

Glauco Villas Boas nasceu em Jandaia do Sul, no Paraná em 1957. Ele ficou conhecido por suas tirinhas de humor publicadas em livros, revistas e no jornal Folha de S.Paulo. Entre seus principais personagens está Geraldão, um homem na faixa dos 30 anos de idade que ainda mora com a mãe, com quem vive uma relação neurótica, bebe e fuma muito.
Glauco, como ficou conhecido, começou a carreira como cartunista nos anos 70, no jornal Diário da Manhã, de Ribeirão Preto. Em 1976 ele foi premiado no Salão Internacional de Humor de Piracicaba, o que o projetou para a grande imprensa. Ele começou a publicar suas tiras na Folha de S.Paulo em 1984, criando personagens como o próprio Geraldão e também outros como Casal Neuras, Doy Jorge, Dona Marta e Zé do Apocalipse.

O cartunista inspirou outro cartunista, Angeli, a criar o personagem Rhalah Rikota.

R7

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