Depois do Haiti e do Chile, mais um terremoto em 2010 abalou um país, provocou grandes danos e causou dezenas de mortes. A Turquia contabiliza pelo menos 51 mortos e cem feridos no terremoto de seis graus na escala Richter registrado ontem na província de Elazig, leste do país.
A maioria das pessoas estava dormindo em casas de adobe (blocos de argila crua) quando o terremoto atingiu, às 4h42min (23h42min de domingo pelo horário de Brasília), uma área pouco povoada na região da Anatólia Ocidental. Logo depois, famílias que deixaram suas casas por medo de novos desabamentos se aqueciam em fogueiras, enquanto o chão continuava a tremer com mais de 40 réplicas – tremores secundários –, a mais forte de magnitude 5,5.
O tremor derrubou os minaretes de três mesquitas nas vilas de Elazig, segundo o governador Muammer Erol. Imagens da TV local mostram mulheres chorando em meio aos destroços de suas casas e carros, além de ambulâncias levando os feridos ao hospital da cidade de Kovancilar. Muitos morreram em suas camas, enquanto dormiam.
– Peço aos cidadãos da região que não entrem nas casas danificadas, por causa das réplicas – apelou o premier turco, Tayyip Erdogan.
Erdogan lamentou a vulnerabilidade das casas na região e pediu que as moradias fossem reconstruídas com material mais forte – apesar de o tipo de construção frágil utilizado ser “uma tradição local”, segundo o próprio primeiro-ministro.
A localidade mais atingida foi Okcular, com 900 habitantes, onde ao menos 17 pessoas morreram e as casas se transformaram em pilhas de destroços. Outras 13 pessoas morreram na vila de Yukari Demirci. O epicentro do terremoto foi registrado na cidade de Karakocan, próximo à vila de Basyurt. O abalo foi sentido também nas províncias vizinhas de Tunceli, Diyarbakir e Malatya.
Imediatamente após o terremoto, policiais locais passaram a coordenar as operações de busca por vítimas soterradas sob os escombros. Ambulâncias de outras províncias foram enviadas para transportar os feridos. O Crescente Vermelho (versão islâmica da Cruz Vermelha) chegou à área e estabeleceu um centro de crises para atender desabrigados e feridos.
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