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RIO – O procurador-geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Lopes, disse na tarde desta quarta-feira (24) que o alto funcionário do Flamengo suspeito de pedofilia pode responder por crime hediondo (de extremo potencial ofensivo).

– Não se pode prejulgar antecipadamente ninguém, mas se ficar comprovado que ele praticou algum tipo de ato libidinoso com a criança, poderá responder por um crime hediondo previsto no Código Penal e na Lei dos Crimes Hediondos. Ele, então, sofrerá as sanções penais e poderá ter a prisão decretada.

Lopes se reuniu com o presidente da CPI da Pedofilia, senador Magno Malta, e a promotora de Justiça Ana Lúcia Melo (25ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal da 1ª Central de Inquéritos) para discutir o caso.

De acordo com denúncia feita por uma funcionária do clube, o diretor teria manipulado partes íntimas de um menino de aproximadamente 10 anos nas imediações da sede da Gávea, zona sul.

Em entrevista coletiva após a audiência, Cláudio Lopes destacou que, caso seja denunciado, o suspeito pode responder penalmente pelo crime de estupro de vulnerável, previsto na Lei de Crimes Hediondos.

– Vale lembrar que não estamos investigando o Flamengo, mas uma pessoa que trabalha lá e possivelmente usa o espaço do clube para ter contato com crianças – disse a promotora.

O senador Magno Malta informou que o investigado será convocado ainda esta semana para depor na CPI, em Brasília. Ele disse que a comissão discute ainda a possibilidade de convidar os denunciantes para prestar informações.

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