BBC Brasil

O Exército confirmou, na tarde desta quarta-feira, que 11 militares brasileiros morreram por causa do terremoto que atingiu o Haiti na terça-feira. Ainda segundo o Exército, outros nove membros da força ficaram feridos no incidente e sete continuam desaparecidos.

 Em nota divulgada à imprensa de manhã, o Ministério da Defesa informou que soldados brasileiros que participam da missão de paz da ONU no país (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, ou Minustah, na sigla em francês) atravessaram a madrugada trabalho de resgate de “companheiros soterrados em desabamentos de edificações”.

 “Uma dessas instalações, denominada ‘Ponto Forte 22’, um sobrado de três andares, desabou completamente”, diz o comunicado.

 Segundo o general Carlos Alberto Neiva Barcellos, chefe de Comunicação Social do Exército, é difícil estimar o número de desaparecidos por causa das dificuldades de comunicação e transporte no Haiti neste momento.

 “O deslocamento motorizado está inviabilizado”, afirmou ele, em entrevista coletiva em Brasília.

 Visita

 O Ministério da Defesa informou ainda que soldados brasileiros também estão “prestando auxílio” à população local e às autoridades haitianas.

 O ministro da Defesa, Nelson Jobim, embarcou nesta quarta-feira rumo ao Haiti, acompanhado do embaixador brasileiro no país, Ygor Kipman.

 O Brasil chefia a Minustah, que conta com cerca de 7 mil integrantes. Segundo o Ministério da Defesa, 1.266 militares brasileiros servem na força.

 A missão de paz foi criada em 2004, depois que o então presidente Jean-Bertrand Aristide foi deposto durante uma rebelião.

 A ONU informou nesta quarta-feira que sua sede em Porto Príncipe foi destruída e que cerca de cem de seus funcionários no Haiti estão desaparecidos, inclusive o chefe da missão, o tunisiano Hédi Annabi.

 Além do Brasil, a Jordânia e a China confirmaram ter perdido militares no terremoto.

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