Gustavo Uribe, da Agência Estado

O candidato do PSDB a presidente, José Serra, voltou nesta terça-feira, 7, a tratar da quebra do sigilo de sua filha Verônica como “crime contra a Constituição”. O tucano limitou-se a reafirmar que o episódio revela a utilização da máquina do governo federal para fins de natureza eleitoral e disse que não comentará mais o episódio. “Eu hoje me permiti não entrar nesse assunto”, afirmou. “Vou deixar que o partido, a partir de agora, trate desse assunto.”

Em visita à maior feira de produtos cristãos da América Latina, em São Paulo, o tucano disse que pratica o cristianismo por “convicção” e afirmou que não é um “cristão de boca-de-urna”, sem se referir a nenhum adversário específico. “Eu não sou cristão de boca-de-urna para agradar a eleitores e conquistar votos e, no dia seguinte, esquecer o assunto”, disse.

Ao lado do candidato do PSDB a governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, Serra assegurou acreditar profundamente em preceitos cristãos, como justiça e verdade, que, para ele, fariam “muito bem” se aplicados na política. “Chega de enganação, chega de mentira.”

Num rápido corpo a corpo com frequentadores da ExpoCristã, Serra tomou café e foi presenteado com DVDs, CDs e livros gospel. Na breve caminhada, ele folheou uma Bíblia e abraçou fiéis. O candidato defendeu ainda maior investimento do Ministério do Turismo em cidades que atraem o turismo religioso. O tucano disse ser a segunda vez que visita a feira e elogiou os evangélicos por promoverem a leitura.

Marina. Serra chegou às 16h45, mais de uma hora depois do horário marcado. O atraso despertou a curiosidade entre os visitantes. Um deles perguntou aos jornalistas se era uma estrela gospel. Outros três perguntaram se o candidato era Marina Silva (PV), que é protestante da Igreja Assembleia de Deus. Ao saberem que o candidato era Serra, preferiram ir embora. Na saída da feira, Serra cantou com um grupo uma música gospel cujo refrão era “Tudo vai dar certo”.

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