do A Tarde

A polícia realizou uma operação de guerra para cumprir 10 mandados de prisão e 35 de busca e apreensão determinados pelo juiz titular da comarca do Júri de Vitória da Conquista, Reno Viana Soares, como desdobramento das investigações que apuram a suposta autoria de policiais em 11 homicídios e desaparecimento de três adolescentes. Os crimes teriam sido cometidos no Alto da Conquista, na madrugada entre os dias 28 e 29 de janeiro, supostamente para vingar o assassinato do PM Marcelo Márcio Lima Silva, ocorrido no local horas antes.

Ao todo, cerca de 150 policiais, distribuídos em 50 veículos das polícias Civil e Militar, além do Centro de Operações Especiais (COE), Rondas Táticas Motorizadas (Rotamo) e Coordenadorias de Polícias do Interior (Corpins) dos municípios de Brumado, Jequié, Itapetinga e Vitória da Conquista foram mobilizados. Eles iniciaram a operação nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira, 5, e atuaram de forma segmentada (cada equipe era responsável por uma missão e não tinha conhecimento do que o restante estava fazendo).

Durante o dia chegava material apreendido no Distrito Integrado de Segurança Pública (Disep). “Será feita uma triagem e o material será analisado pelo Departamento de Polícia Técnica, em Salvador”, informou a promotora do MP, comarca de Vitória da Conquista, Genísia Oliveira. Ao todo seis computadores, documentos, agendas, cadernos, CDs e DVDs, munições e armas foram apreendidos. Até o final da tarde havia equipe chegando com material coletado nos bairros de Patagônia, Brasil, Alto do Maron, Esplanada, Ibirapuera, Guarani e Vila América.

Dos 10 PMs em prisão temporária, os seis que estavam em Vitória da Conquista se apresentaram ao 9º Batalhão, onde são lotados, logo cedo. Em seguida, foram conduzidos à sede do Disep pelo capitão PM Luiz Afrânio de Araújo Cruz. Os PMs presos em Conquista foram o tenente Aberlande Ribeiro de Almeida, e os soldados Andeson Maciel Silva, Ronildo Vieira da Silva, Marcelo de Carvalho Santos, Adailton Machado de Castro e Emerson Caíres Novais.

Sob intenso esquema para driblar a imprensa, eles foram conduzidos ao Batalhão de Choque, em Salvador, onde já estavam detidos administrativamente, desde 25 de fevereiro, os PMs Evandro Andrade Costa, Handerson Menezes Santos, Cristiano Meira Santos e seu irmão Dilsolon Meira Santos. Os dez PMs ficarão presos por 30 dias, que podem ser renováveis por igual período.

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