O magnata João Carlos Cavalcanti confirmou ontem com exclusividade à Tribuna da Bahia, em passagem pela Assembleia Legislativa, que será o candidato a vice na chapa majoritária do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB). Segundo ele, o martelo já foi batido e “não há mais retorno”. Acompanhado do deputado federal Maurício Trindade (PR), o empresário demonstrou entusiasmo com o novo desafio e disse que o PMDB ainda busca uma aliança com o senador César Borges na corrida rumo ao Palácio de Ondina.

“Serei vice de Geddel e agora estamos apenas tentando compor o restante da chapa. Ainda não descartamos um acordo com César Borges (PR) que atualmente é a noiva mais cobiçada do Brasil”, assegurou. Segundo Cavalcanti, sua aposta se justifica na possibilidade de o republicano encontrar rejeição na base eleitoral do governador Jaques Wagner (PT). “Se ele for fechar com o PT, irá perder a eleição, pois a militância não irá votar”, disse, ressaltando que César se firmou politicamente a partir de sua união com o “carlismo”, o que não agrada aos petistas históricos.

O empresário também acredita que a união com o DEM do governador Paulo Souto não seja uma opção viável pelo fato de seu partido ser aliado à base de governo do presidente Lula. “Portanto a melhor saída será ele vir para o PMDB. É um jogo de poker onde nós vamos ganhar”, disse, se referindo ao jogo de cartas, em que as apostas costumam ser altas.

Além de sugerir uma possível aliança com César Borges, mesmo depois de o republicano ter sinalizado que está prestes a fechar um acordo com Wagner, o empresário frisou que a chapa peemedebista poderá ter a presença do vice-prefeito Edvaldo Brito. Ainda de acordo com ele, essa será a composição que irá representar um projeto novo e de desenvolvimento para Bahia. Sobre sua aliança com Geddel, diz que houve um encontro de afinidades.

Aliança Wagner-Borges é “suicídio político” diz Cavalcanti

O pré-candidato a vice-governador na chapa do ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima, João Cavalcanti, criticou nesta quinta-feira (25) a possibilidade de aliança entre PT e PR na Bahia. O peemedebista afirma que conversou recentemente com o senador César Borges sobre uma possível aliança entre o republicano e o PMDB e que nada ainda está definido entre o cotado parlamentar e o governador Jaques Wagner.

De acordo com o empresário, a união entre Borges e Geddel é apoiada pela maioria dos deputados federais do PR, enquanto a situação com os petistas seria preocupante. “A aliança de César e Otto com Wagner é um suicídio político para os dois. A comunidade de eleitores do PT não vota nem em César nem em Otto”, cogitou. Ele ainda ressaltou a possibilidade de indicação do seu partido para que o petebista Edvaldo Brito concorra à outra vaga do Senado. “Ele é um homem íntegro e reconhecido por todos pela sua inteligência. É bom para mostrar que na Bahia negro não é só sinônimo de batucada”.

Bahia Noticias

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