Wal Cordeiro

“Olho para a terra e vejo grande multidão, homens andando e chorando, sem a direção”. Esse é um refrão de uma música, cristã antiga, que eu sempre ouvia na década de oitenta, mas não conseguia vislumbrar e compreender o verdadeiro sentido da mensagem. Só agora após 20 anos, depois do dia 12 de janeiro de 2010, entendo claramente o que o autor, inconscientemente, queria dizer. Ele estava profetizando sobre uma tragédia que viria muitos anos depois.

O terremoto que assolou o Haiti, pequeno e pobre país das Américas vai ficar gravado e cravado, por muito tempo, na memória de milhões. A ONU já declarou que essa foi a maior de todas as tragédias da história, do ponto de vista de impacto social negativo. Dizem que no terremoto morreram em torno de 50 a 100 mil pessoas e milhões ficaram órfãos, sem lugar para morar, sem água potável e sem alimento. Já pensou se você e eu fizéssemos parte dessa estatística?

É difícil assistir as cenas, pelos canais de TV, de milhares de pessoas andando pelas ruas sem direção, ver as fotos dos escombros e cadáveres espalhados no chão e ouvir os depoimentos sem ficar chocado e sensibilizado. A não ser que a pessoa já perdeu o senso de solidariedade e bondade! Não tem, mais, um coração de carne e sim de pedra. Todos foram impactados com o acontecido, quer queiram quer não. O mundo jamais será o mesmo.

Tentar descrever a real situação em que os nossos irmãos haitianos estão vivendo é impossível. Buscar uma resposta convincente sobre o verdadeiro motivo da tragédia é mais impossível ainda. Achar um culpado pela catástrofe geológica está fora de cogitação. Então, como seres humanos que ainda são humanos, o que nos resta como alento é nutrir a bondade e a esperança, a mãe de todo recomeço.

O Haiti necessita de todos, precisa ser reconstruído: física, espiritual e emocionalmente. Vai levar muito tempo para apagar a chama da dor e baixar a poeira da insegurança, mas temos que fazer algo. Podemos fazer alguma coisa. Pesa sobre nós a obrigação de incorporar a esperança e a bondade. Isto é, sair do campo do espanto e do discurso e entrar pela estrada da ação humanitária. Como?

Primeiro, orando a Deus por todos ali. Segundo, levantando recursos para serem enviados ao povo sofrido (através de alguma instituição idônea). Terceiro, ser voluntário para ajudar na reconstrução do país, se necessário for e por último, envolvendo outros na arrecadação de donativos. É o mínino que podemos fazer. Lembre-se, você não está imune a esse tipo de situação. Não deixe a esperança morrer. Hoje é o Haiti, amanhã poderá ser o Brasil.

Levei um bom tempo na internet tentando achar, no país, alguma instituição conceituada que estivesse se envolvendo na arrecadação de recursos para o Haiti. Encontrei, graças a Deus. Se você quiser participar dessa campanha, Ajude o Haiti a escrever uma nova história, adote o Projeto Por um Novo Haiti. Ligue para a Central do Adotante: (21) 2122-1901.  ou acesse aqui e saiba como ajudar a impedir que a esperança morra no Haiti!!!

Deus salve o Haiti.

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