Aborto
Aborto

Quando a Câmara dos Deputados da Argentinas aprovou o avanço da lei que permite o aborto, o assunto voltou a ser tratado no Brasil como uma “tendência”. Alguns meios de comunicação chagaram a dizer que nosso país estava “ficando para trás”, como se houvesse alguma competição de quem mata mais bebês.

Ao se falar em vizinho, o referencial para o que pode acontecer é o Uruguai, que legalizou a interrupção da gravidez 6 anos atrás. Em comparação com primeiro ano da lei em vigor (2013), no ano passado o procedimento cresceu 37% no país. Foram registrados 9.830 abortos, uma média de 27 por dia, ou mais de um por hora, segundo o Ministério da Saúde uruguaio.

Os dados sobre interrupção de gravidez no Uruguai mostram que 15% das que abortaram eram adolescentes entre 15 e 17 anos, enquanto apenas 0,7% tinham menos de 15 anos. A lei por lá determina que a mulher faça consultas com um médico, que solicitará uma ecografia e a encaminha a uma equipe multidisciplinar, com ginecologista, psicólogo e assistente social.

Após a primeira consulta, toda mulher precisa esperar pelo menos cinco dias, que a lei chama de “período de reflexão”, antes de realizar o aborto. Em 2017, apenas 6% das mulheres que procuraram o serviço mudaram de ideia.

No Brasil, o aborto é crime exceto em três casos: quando a gravidez é causada por estupro, quando existe risco de morte para a mãe ou se o feto for anencéfalo (má formação cerebral). Com informações UOL

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