Foto: BLOG DO ANDERSON
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A Passaredo Linhas Aéreas anunciou nesta sexta-feira (24) a demissão de funcionários e a readequação da malha com a redução da oferta de voos. Segundo a empresa, os ajustes começaram a ser feitos há seis meses devido ao atual cenário macroeconômico, resultando em um remanejamento do quadro de colaboradores. Segundo o Sindicato dos Aeroviários do Estado de São Paulo (Aerosp), 200 colaboradores serão demitidos, como parte de um processo de reestruturação da empresa. A princípio, o órgão chegou a anunciar o fechamento de 300 postos de trabalho, mas o número foi corrigido após reunião com representantes da Passaredo na tarde desta sexta-feira. Embora o número de desligamentos seja menor, a situação não é considerada menos grave pelo diretor jurídico da Aerosp, Cláudio de Carvalho, que participou da reunião para discutir o pagamento das rescisões. A companhia com 900 funcionários teve o processo de recuperação judicial aprovado em 2013, mediante uma dívida de R$ 150 milhões. O caso tramita na 8ª Vara Cível de Ribeirão Preto.

A empresa confirma a reestruturação das operações, com redução nos destinos atendidos – Dourados (MS) e Uberlândia (MG) deixarão de receber voos – e desligamento de parte da equipe. A operadora negocia ainda a devolução de seis das 14 aeronaves da frota.

“Alegaram a situação difícil pela qual estão passando. No caso de a situação econômica melhorar e reativarem as aeronaves, esse pessoal, com certeza, será readmitido. Esse foi um compromisso que ela firmou com o sindicato”, disse Carvalho.

O diretor jurídico do sindicato explicou que, do total de funcionários demitidos, 72 são pilotos, copilotos e comissários de bordo, e 128 são aeroviários. Entre eles, 54 já foram dispensados. Os demais desligamentos ocorrerão até 10 de julho.

“As rescisões serão pagas parceladamente. Não está sendo pago o dissídio. Mas, eles falaram que vão resolver isso e vão explanar como serão feitos esses pagamentos, respeitando, obviamente, a convenção coletiva”, afirmou.

Em nota, a Passaredo afirmou que o processo preservará todos os direitos dos trabalhadores envolvidos e não implicará em qualquer impacto aos passageiros ou às operações da empresa, que continuam normalmente.

De acordo com a companhia, a operação continua normalmente em Araguaína (TO), Guarulhos (SP), Brasília (DF), São José do Rio Preto (SP), Goiania (GO), Barreiras (BA), Porto Seguro (BA), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), Cuiabá (MT), Palmas (TO), Sinop (MT), Três Lagoas (MS), Vitória da Conquista (BA), Ribeirão Preto (SP), Rondonópolis (MT) e Cascavel (PR).

Informações do G1.

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