Leia esse pequeno texto que extrair do meu livro ADORAÇÃO SEM FRONTEIRAS, que será lançado em breve como E-book:

A natureza expressa à glória de Deus!
Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos. Salmo 19.1

downloadA natureza expressa à glória de Deus no canto do curió, no rugido do leão, no fervilhar das larvas de um vulcão, no estrondo de um trovão e no encontro agitado do mar com as rochas.
A natureza sempre declara a glória de Deus. Nas águas do rio que descem sem voltar, no eco que bate nas rochas para expandir o misterioso barulho do lobo guará. Na alta velocidade do leopardo à procura da caça. Na lentidão do bicho preguiça ao subir numa árvore, também à procura do seu mantimento. No olhar intimidador do gavião que vasculha a terra. No vôo rasante da águia que desce para alcançar sua presa. No grito noturno do coiote. No silêncio noturno do curral, onde a vaca mansa e lentamente remoí o capim ingerido ao longo do dia.
A natureza manifesta a glória de Deus. Quando uma criança mama no seio de sua mãe e pára de chorar. Quando a galinha abraça os seus pintinhos e os acolhe em suas asas protetoras. Quando o vento sopra os lírios do campo e os faz mais belos e exuberantes. Quando acontece a revoada das andorinhas. Quando o cardume de tucunarés sobe o rio para a desova. Quando a baleia solta o pulmão e canta no meio do oceano. Quando a chuva rega a lavoura do sertão. Quando o vento sopra o telhado do casebre. Quando a neve bloqueia a estrada e congela o filete do riacho.
São tantas maneiras em que a natureza expressa à glória de Deus. São tantas facetas. Fico mais impressionado ainda, quando Deus usa elementos da natureza para manifestar o seu amor, o seu amor pelo homem. Um exemplo disso é a história que ouvi há algum tempo, que mostra claramente o controle que Deus tem sobre os fatos e as obras de suas mãos. O que Ele faz para alcançar alguém.
Um jovem muçulmano estava viajando pelo deserto árido e quente do Oriente Médio. O vento soprava muito forte e ele levaria alguns dias para chegar ao destino. Os planos não poderiam ser alterados para não prejudicá-lo na viagem. Qualquer erro seria fatal. O levaria à morte.
No deserto, a temperatura ao longo do dia, chegava aos quarenta e cinco graus na sombra e à noite caía para cinco abaixo de zero. O alimento era contado e bem administrado e a água racionada. Realmente, era uma grande aventura essa viagem. Perigosa aventura. Aventura misteriosa.
Certa noite, enquanto dormia, seu camelo escapou da corda e fugiu, levando nas costas todo mantimento e água e a esperança daquele jovem chegar ao seu destino.
E agora, o que fazer? Ele não sabia qual direção o camelo tomou. Mesmo assim, seria difícil alcançá-lo ou localizá-lo, pois o vento forte tinha apagado as marcas deixadas na areia. Desesperado e com medo da morte, aquele jovem entrou em pânico. Ele sabia que seria impossível se sair bem daquela complicada situação.
No meio do desespero e choro, lembrou de uma palavra que recebera de um missionário estrangeiro há muitos anos atrás. Que lhe disse sobre Jesus e o seu poder para nos salvar de toda e qualquer situação.
Assentou-se na areia e pela primeira vez na vida fez uma oração a Jesus, dizendo:
– Jesus dos cristãos, se realmente o Senhor existe, se o Senhor é aquilo que os cristãos dizem, faço uma prova de ti. Primeiro, que eu encontre o meu camelo são e salvo, e segundo, que eu encontre água para beber. Se isso acontecer, te seguirei pelo resto da minha vida.
O jovem muçulmano levantou-se e começou a andar errante pelo deserto. Não sabia qual direção deveria tomar, até que ouviu uma voz distante que dizia:
– Siga por esta direção.
Ele a obedeceu e andou por horas. Estava cansado e desvanecendo-se, até que avistou bem longe uma árvore e o seu camelo amarrado nela. Que milagre, Jesus havia respondido a sua oração.
Ele correu com todas as suas forças até chegar naquele oásis do deserto. Realmente seu camelo estava ali, tranqüilamente amarrado àquela árvore. Quando ele se aproximou ainda mais, o maior milagre aconteceu. Em um dos troncos daquela árvore havia uma grande cabaça cheia de água cristalina, fresca e potável. Ele a bebeu, até saciar a sua sede. Quando suas forças foram redobradas, ele ajoelhou-se ao pé daquela árvore. Na sombra daquela árvore e entregou sua vida para Jesus. Foi salvo duplamente falando. Da morte física e morte eterna.
Deus usa a natureza para manifestar o seu amor. Até um camelo desgarrado pode levar alguém ao encontro de Deus. A natureza anuncia as suas maravilhas e nós as contemplamos.
Água, camelo e árvore. Elementos da natureza. Todos trabalharam para o Criador, com apenas uma missão. Levar o jovem muçulmano ao encontro de Jesus e automaticamente glorificar ao Criador através de suas obras.

Wal Cordeiro é autor de sete livros

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